E era junto dela que pretendia morrer. Com essa intenção, de manhã saiu de casa do filho, com quem vivia, em Macedo de Cavaleiros, e apanhou uma camioneta para Grijó. Levou consigo um cãozinho, que ficou à porta do cemitério. E foi a presença do animal que levou a empregada do filho de Carlos Gonçalo a presumir que o idoso deveria estar no interior do cemitério. De facto assim era. O idoso estava sentado em cima da campa da esposa, e, pressentindo presença da empregada, suplicou--lhe que não o levasse dali, afirmando que era junto à campa da esposa que queria morrer. "Aflita", a empregada telefonou de imediato para a nora de Carlos Gonçalo, que por sua vez ligou aos Bombeiros. Então, eles transportaram-no para as Urgências do Hospital de Macedo, onde ainda chegou vivo cerca das 13h30. Porém, em estado tão debilitado que às 16h00 acabaria por falecer.

De acordo com alguns vizinhos, "nos últimos tempos", o idoso, que era muito conhecido na região por ter sido chefe de várias estações da CP das linhas do Douro e Sabor, já denotava algumas "perturbações mentais".



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