O sol e o calor do Outono estão a atrasar a queda da castanha na Terra Fria Transmontana, onde é produzida mais de 70% do total nacional, o equivalente a 20 mil toneladas/ano.

Se não chover rapidamente, prevêem-se quebras na produção entre os 15% e os 20% da produção. O bom tempo está a alterar a estratégia comercial da região, pois a castanha devia estar a cair em força, e a prejudicar grandemente os frutos que estão ainda em fase de desenvolvimento. \"A castanha não cai e o calor faz com que perca humidade dentro do ouriço, o que pode contribuir para diminuir a qualidade\", explicou Eduardo Roxo, da Associação Arbórea.

No concelho de Vinhais, um ano de produção média equivale a oito mil toneladas de castanha, o que faz deste concelho um dos principais produtores no país. As perdas poderão afectar o trabalho da fábrica da castanha, fruto de uma parceria entre várias entidades, nomeadamente a Câmara que, no seu ano de arranque, em 2006, laborou mais de mil toneladas de castanha de produtores do concelho.

A Autarquia está a apostar forte na promoção da castanha. Este ano organiza a II Feira Rural Castanea, onde a festa gira em torno dos produtos agrícolas de Outono, principalmente da castanha. Também os restaurantes serão decorados com motivos ligados ao castanheiro e servirão castanhas assadas e jeropiga. Para mostrar que Vinhais é terra de castanha, vão instalar um assador gigante numa rotunda da vila, uma réplica do que foi candidatado, no ano passado, ao livro do Guinness.

No evento, vão estar representantes da organização que gere o Guinness, que poderão atribuir ou não o certificado, mas é convicção do autarca local, Américo Pereira, que o assador de Vinhais \"será declarado o maior do Mundo\".



PARTILHAR:

Presidente perde poderes decisórios

Trabalhar na vindima