Victor Amaral, 38 anos, natural da Praia da Vitória, é um das muitas centenas de imigrantes portugueses que nos últimos anos foram deportados para os Açores pelos Serviços de Imigração e Naturalização (INS) dos EUA por crimes cometidos.
Victor Amaral é um caso típico. Veio por os Estados Unidos, em idade muito jovem, na companhia dos pais, nunca se naturalizou e viu-se a braços com a justiça americana por problemas relacionados com o uso de estupefacientes.
Há cerca de quatro anos, segundo afirmou ao PT o cunhado, Marcos Morais, Victor Amaral foi deportado para os Açores, fixando residência na Praia da Vitória, onde nascera, deixando em Fall River a mãe e irmãs.
Sem laços familiares que o prendessem à terra que o viu nascer, Victor Amaral procurou lugar mais amplo e foi para Lisboa, onde se encontrava há cerca de dois anos.
Ao que parece, não conseguiu curar-se da toxicodependência, embora segundo afirma o cunhado, tivesse um emprego no aeroporto de Lisboa.
Não tendo familiares em Lisboa, vivia com amigos e, uma vez por outra,telefonava à mãe e familiares que residem em Fall River.
“Estranhamos que não tivesse telefonando por altura das festas”, diz ao PT ao cunhado, Marcos Morais.
Foi então que decidimos chamar para Lisboa e fomos informados por um amigo do Victor que este havia morrido já há tempos”, conta Marcos Morais.
Aparentemente, terá morrido de “overdose”.
“O estranho, segundo Marcos Morais, é que tenha morrido há mais de um mês (a 3 ou 4 de Dezembro) e ninguém notificou os familiares, aqui nos EUA”.
“Sabemos que o corpo se encontra depositado no Instituto de Medicina Legal e a polícia tem-se recusado a dar mais informações”, acrescenta.
Uma irmã de Victor Amaral segue esta semana para Lisboa para reclamar o corpo e averiguar das circunstâncias da sua morte, que pôs fim a uma vida já semi-destruída pela toxicodependência



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