Secretário de Estado Sobrinho Teixeira lança desafio à autarquia brigantina no sentido de continuar a apoiar o IPB na questão das residências e Hernâni Dias mostra total abertura para que isso possa suceder, desde que sejam disponibilizados meios financeiros por parte do Governo.

 

Foi inaugurada na passada sexta-feira, dia 9 de novembro, mais uma residência universitária. A terceira, desde 2012, desta feita no centro histórico da cidade, mais precisamente na Rua Abílio Beça. São 12 camas, distribuídas por cinco quartos, que estarão disponíveis, em breve, para alunos internacionais, cujas instituições de ensino superior tenham acordos de mobilidade com o Instituto Politécnico de Bragança (IPB).

No total, a aquisição e reabilitação da nova residência universitária teve um custo de 350 mil euros. Uma fatura dividida entre a autarquia e fundos comunitários. “Este edifício foi adquirido quando se verificou uma degradação muito grande do imóvel, entretanto, procedemos à sua reabilitação no âmbito do nosso Plano Estratégico de Desenvolvimento Urbano e, hoje, está aqui para ser protocolado com o IPB”, começou por declarar o presidente da Câmara Municipal de Bragança aos órgãos de comunicação social da cidade, no final da cerimónia de inauguração. Trata-se, segundo Hernâni Dias, “de disponibilizar mais 12 camas para os alunos internacionais contribuindo, assim, para a reabilitação do património na zona histórica, para o processo de internacionalização do Politécnico uma vez que os alunos que vêm para aqui são alunos internacionais e para a dinamização do centro histórico da cidade aqui com mais gente a morar e a fazer a sua vida quotidiana”.

Cedidas as instalações, caberá, agora, ao Politécnico a gestão e manutenção do imóvel, bem como todas as despesas inerentes ao funcionamento do mesmo. O mesmo acontece com as duas remanescentes residências, a cargo do IPB.  

Apesar de, até ao momento, o município ter investido na edificação de três residências universitárias na cidade de Bragança, num valor, sensivelmente, de um milhão e meio de euros” comparticipados por fundos comunitários, a verdade é que o secretário de Estado da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Sobrinho Teixeira, também ele presente no evento, até pelo cargo exercido na presidência do Politécnico e, recentemente, convidado a integrar o XXI Governo Constitucional de Portugal, aproveitou para lançar o desafio ao edil brigantino de continuar a fortalecer, não só o IPB, mas também toda a região do interior norte, através de uma aposta na criação de residências universitárias. E apesar de esta ser já a terceira residência que conta com uma parceria fundamental por parte da autarquia, apesar de terem sido cofinanciadas por fundos comunitários, Hernâni Dias mostra-se disponível para continuar a reabilitar habitações e transformá-las em residências, desde que haja, também, o apoio governamental. “Não deixaremos em circunstância alguma de apoiar qualquer estratégia que tenha a ver com a possibilidade de aumentarmos a nossa capacidade de alojamento para este tipo de alunos”, acrescentando, não obstante, que “essa responsabilidade cabe, em primeiro lugar, ao Governo, a nível central, mais do que a qualquer autarquia”.

De acordo com o autarca da capital nordestina, “aguardamos que haja alguma medida de apoio que disponibilize meios financeiros para que todos, em conjunto, possamos fazer mais”, garantindo, no entanto, que o município a que preside poderá “alocar algumas verbas, mas o grosso do financiamento terá que vir por via do Governo”, frisando que “não há outra forma”.

 

“Acordos de mobilidade que implicam reciprocidade”

 

A nova residência que, em princípio, será mista, ou seja, incluirá rapazes e raparigas, albergará alunos internacionais de outras universidades que tenham acordos de mobilidade com o IPB. Quem o garante é o próprio Orlando Rodrigues. “Temos vários acordos de mobilidade com outras universidades, neste caso, sobretudo, com países de expressão portuguesa como o Brasil e países africanos”, esclarece o recém-empossado presidente do IPB, garantindo que “temos acordos de mobilidade que implicam reciprocidade”. Isto é, “eles dão aos nossos alunos alojamento e nós damos também aos alunos deles”, explica o responsável pela maior instituição de ensino do distrito de Bragança.

 


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