A população de Lordelo e os comerciantes daquela freguesia de Vila Real estão revoltados com os maus cheiros emanados pela Estação de Tratamento de Águas Residuais (ETAR) do Centro Hospitalar de Trás-os-Montes e Alto Douro (CHTMAD).

O mau funcionamento do respectivo equipamento é apontado pelos queixosos como a causa do problema que incomoda, há vários meses, todos os que moram e passam pela zona.

A Câmara de Vila Real já pediu a intervenção do Serviço de Protecção da Natureza e do Ambiente (SEPNA) da GNR e da delegação de Saúde local para apurar responsabilidades. Os comerciantes, descontentes, já elaboraram um abaixo-assinado que fizeram chegar à autarquia, exigindo uma solução rápida.

\\"Isto é um fedor que nem se aguenta\\", lamentou Maria Carolina, habitante de Lordelo. \\"Deve ser muito prejudicial à saúde, porque há alturas em que aquele cheiro é tão forte que nem se consegue respirar\\", acrescentou.

Durante a noite, a situação piora. E nos postos de combustível, na farmácia e num restaurante da localidade as queixas sobem de tom.

O presidente da Junta de Freguesia de Lordelo, Arlindo Campeão, garante que \\"o mau cheiro está a perturbar toda a gente\\". \\"Todos os dias recebemos reclamações de quem mora na zona. Penso que o que está a acontecer é da inteira responsabilidade do hospital\\", afirmou ao Correio da Manhã.

A autarquia já pediu explicações ao Centro Hospitalar, mas até agora não recebeu qualquer resposta.

Porém, a edilidade assegura que \\"o problema está no deficiente funcionamento da ETAR do hospital\\".

O Correio da Manhã tentou, sem sucesso, uma reacção da administração do centro hospitalar transmontano.

PORMENORES

120 MIL M2

A unidade hospitalar de Vila Real está inserida numa área de 120 mil metros quadrados.

140 MIL UTENTES

O centro hospitalar integra as unidades de Vila Real e Régua e serve 140 mil utentes.



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