Há passeios e raids todo-o-terreno que são organizados no distrito de Bragança sem as devidas condições de segurança. Quem o diz é Hugo Ferreira, o responsável da empresa Mir-andul, que há quinze dias organizou o I Raid TT da Lhéngua Mirandesa.
\"Somos sócios da Federação Portuguesa do Todo-os-Terreno Turístico e sabemos que há legislação que não é cumprida, que passa por autorizações dos parques naturais, das Câmaras Municipais, Instituto de Conservação da Natureza, etc.\", denuncia Hugo Ferreira.
O empresário assegura que \"há provas piratas que são organizadas na região, onde não existe qualquer seguro para os participantes\". Dadas as circunstâncias, em caso de acidente as consequências podem ser dramáticas. \"Se, numa prova sem seguro, alguém cai, parte uma perna e fica dois meses sem poder trabalhar, não tem nada que lhe valha\", alerta Hugo Ferreira.
Em matéria de fiscalização, a competência é da Federação Portuguesa do Todo-os-Terreno Turístico, que conta com cerca de 170 associados. \"A Federação só supervisiona os federados, e já começa a apertar o cerco aos infractores, mas não tanto como nós queremos, porque continuam a ser organizadas provas de forma ilegal\", lamenta o responsável.
No que toca à legislação, Hugo Ferreira garante que a Mir-andul cumpre tudo à risca. \"Se acontece alguma coisa nas nossas provas, temos um seguro que cobre qualquer acidente, seja dos condutores, seja da assistência, enquanto nessas provas piratas não há nada\", acrescenta o empresário.
Na óptica do responsável, os atropelos à lei acontecem \"porque os seguros são caros e nem todos os querem pagar\".