Centenas de milhares de coelhos inseminados artificialmente em algumas explorações de Trás-os-Montes estão a ser comercializados em carcaça nos principais mercados europeus, nomeadamente em Espanha , Itália e França.

Fica em Sabroso (Vila Pouca de Aguiar) um dos principais produtores de coelhos inseminados da região e que tem a característica de ser autónomo, ao nível da inseminação e produção. António Fernandes possui duas unidades - a maior em Sabroso de Aguiar e outra em Vreia de Jales - e, por ano, produz cerca de 150 mil carcaças de coelho da raça híbrida francesa \"Hyplus\", cuja grande parte da produção é absorvida por uma empresa espanhola de Orense, que faz o abate dos coelhos e, a seguir, os coloca nos principais circuitos de comercialização europeus.

\"Tenho 3500 coelhas inseminadas e 300 machos. Ao fim de 70 dias estão prontos para o abate\", explica António Fernandes.

A preferência do mercado europeu pelo coelho inseminado em Trás-os-Montes prende-se, segundo António Fernandes, com o tamanho da carcaça. \"Espanha produz coelhos pequenos até 2 quilos, enquanto os nossos são maiores e podem chegar aos 2,5 quilos\", diz. A alimentação a adequação natural da temperatura dos pavilhões ao nosso clima são, no seu entender, as principais justificações, sublinhando que todos esses factores se reflectem na qualidade da própria carne.

Para este técnico, o método da inseminação artificial tem uma vantagem adicional, já que aumenta as resistências do animal às doenças.



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