O Circuito Internacional de Montalegre está em contagem decrescente para o arranque do Mundial de ralicrosse, agendado para sábado e domingo, num fim de semana marcado pela previsão de chuva e trovoada mas, também, pela adrenalina.
Os últimos preparativos para a etapa inaugural do Mundial de decorrem sob chuva intensa e queda de granizo. Para Johan Kristoffersson, a instabilidade da meteorologia em Montalegre é "precisamente o verdadeiro desafio” de competir nesta vila do distrito de Vila Real.
“As previsões são uma incógnita. O importante é ter um carro que seja fácil de conduzir porque, se for muito bom com tempo seco, pode ser menos bom na chuva. Se for bom na chuva, pode não ser rápido o suficiente com sol”, explicou.
Neste regresso à pista barrosã, o piloto sueco destacou as singularidades do ‘asfalto’ localizado no sopé da Serra do Larouco.
“É sempre bom voltar a Montalegre porque o circuito é realmente bom, mas as possibilidades estão todas em aberto. A pré-temporada correu muito bem, estou bastante satisfeito, mas testar é uma coisa, competir é outra e vamos ver como corre o fim de semana”.
Depois de se ter estreado ao volante do Volkswagen Polo Rx1e na última edição, o pentacampeão do mundo referiu que, agora, a equipa parte para a competição “com um ano de experiência com carros elétricos”.
“O último ano foi de aprendizagem mas, agora, sabemos mais sobre o funcionamento do carro e temos um novo ‘software’ para comunicarmos uns com os outros, que é novo para toda a equipa, o que torna as coisas um pouco mais fáceis”, frisou.
Para o sueco, competir em Portugal tem “duas coisas mágicas”: por um lado, “muito apaixonados” pela modalidade e, por outro, “Montalegre será sempre especial” para o piloto pelo “mega” circuito e por ter sido onde conquistou “a primeira vitória em 2015”.
Já Bernardo Sousa, ex-campeão nacional de ralis e embaixador oficial da etapa portuguesa, fará uma “estreia absoluta em duas categorias”, kartcrosse e ralicrosse.
“Estou muito feliz com este convite para ser embaixador da prova e conduzir um elétrico. Não é um carro igual aos que estão a competir, mas é muito idêntico, de uma geração anterior. Vai ser um fim de semana cheio de emoções, numa pista que eu não conhecia, muito bonita, em que dá para sentir o que é o ralicrosse e deixar a sementinha plantada”, frisou.
O piloto português adiantou, ainda, que as expectativas para o fim de semana “são altíssimas”, não em termos de “desempenho”, nem de “resultados”, mas “pela experiência em si”.
“Estou um bocadinho em casa, com alguns ex-colegas, mas tudo o resto é novo, uma organização nova para mim, muito profissional até agora. É um campeonato e uma modalidade muito compacta, tudo ao minuto, e essa eficiência do tempo para mim é brilhante”, confessou Bernardo Sousa.
A prova inaugural do Mundial de Ralicrosse está agendada para sábado e domingo. A par do Campeonato do Mundo, a ronda lusa volta a incluir os Europeus de RX1 (Supercars) e RX3 (Super1600), e o kartcrosse como prova de suporte.
A organização, a cargo do município de Montalegre e do Clube Automóvel de Vila Real, espera acolher 20 mil espetadores portugueses e espanhóis, numa altura em que a pista barrosã celebra 25 anos.