O secretário de Estado da Cultura desafia os mirandeses a dinamizarem a sua língua materna. Em cima da mesa está a criação de uma Fundação ou de um Instituto para garantir o futuro da Lhéngua.

Durante a abertura do Festival de Sabores Mirandeses, na sexta-feira, José Viegas garantiu que a criação desse organismo depende exclusivamente das instituições locais.«Não depende de nós, mas sim das instituições locais. O nosso papel quanto muito será de apoiar e de garantir que os mecanismos possam permitir a criação de um instrumento ou de outro. A defesa do mirandês depende do povo de Miranda, por isso só os mirandeses podem decidir qual o instrumento que melhor serve esses interesses. Se é uma Fundação ou um Instituto», realça o secretário de Estado.

O governante compromete-se, no entanto, a apoiar este novo organismo para fortalecer a segunda língua oficial de Portugal. «Ainda não nos foi apresentado o dossier, mas achamos a ideia interessante. A língua é um instrumento cultural fundamental e não se pode perder», defende José Viegas.O sonho de criar uma Fundação para defender a língua mirandesa já é antigo.

O presidente da Câmara de Miranda, Artur Nunes, justifica o atraso deste processo com os entraves burocráticos. «A Fundação ainda não está constituída devido aos problemas burocráticos que surgiram no ano passado na criação de Fundações e por isso o instituto pode ser a solução. Falámos com o secretário de Estado para agendar uma reunião para debatermos qual a melhor solução para defender a língua mirandesa», salienta Artur Nunes.

A criação de um Instituto ou Fundação para promover e divulgar o mirandês voltam a entrar na agenda da autarquia de Miranda e da Secretaria de Estado da Cultura.



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