O Instituto Politécnico de Bragança (IPB) registou este ano um crescimento de 48 por cento de novos alunos, uma subida como não se registava há mais de quatro anos. Segundo dados do Ministério da Ciência e do Ensino Superior (MCES) entraram 1467 novos estudantes. Um número só ultrapassado por quatro instituições, todas localizadas no litoral Lisboa, Porto, Coimbra e Leiria.
O IPB disponibilizou este ano 1748 vagas. Na primeira fase de ingresso foram colocados 944 alunos e na segunda 737. Por preencher ficaram apenas 218 vagas que passam para a terceira fase.
Ao IPB foi também atribuído o maior aumento de financiamento pelo factor qualidade, recentemente concedido pelo MCES, colocando-o no primeiro lugar entre todo o Ensino Superior português. O Governo reduziu o financiamento para o ensino superior, mas a medida não afectará o IPB. \"Devido à qualidade do corpo docente, não seremos penalizados\", referiu o presidente da instituição, Sobrinho Teixeira.
Estes resultados configuram um \"quadro de dinamismo e capacidade de atracção, o que deverá relevar-se benéfico para a sua área de influência do IPB\", divulgou a presidência. Apesar do crescimento, mais uma vez a instituição não teve direito a qualquer verba na proposta de PIDDAC 2008. A Escola Superior de Tecnologia e Gestão de Mirandela aguarda novas instalações há anos. Actualmente os serviços e os 1200 alunos estão repartidos por vários edifícios públicos da cidade. Glória Lopes
0s alunos em Engenharia Florestal
Também na segunda fase de ingresso no Ensino Superior o curso de Engenharia Florestal ficou literalmente \"às moscas\", com zero candidatos, apesar das 25 vagas disponíveis. O presidente do IPB, Sobrinho Teixeira, crê que é necessário fazer uma reflexão sobre o assunto e admite que não entende o desinteresse por esta licenciatura, uma vez que a área tem saídas profissionais. As autarquias são obrigadas a contratar técnicos com formação na área.