Um grupo de 28 alunos de Cabo Verde vai frequentar, durante a próxima semana, as aulas da Escola Secundária Emídio Garcia, em Bragança, no âmbito de um intercâmbio que lhes vai proporcionar também contacto com as tradições locais.

São alunos da Escola Secundária do Tarrafal que chegaram a Bragança para uma visita de duas semanas, através de um protocolo entre associações, destas regiões, dos dois países.

A CORANE - Associação para o Desenvolvimento dos Municípios da Raia Nordestina - e a Comissão Regional de Parceiros da Luta Contra a Pobreza do Tarrafal, são as promotoras desta iniciativa.

O intercâmbio de alunos é uma das vertentes de um projecto mais vasto para fortalecer os laços entre os dois países, segundo o responsável pela CORANE, Leonel Vaz.

O projecto é financiado pelo programa europeu Leader.

Um grupo de onze professores acompanha os jovens estudantes cabo verdianos, que ainda não tiveram aulas portuguesas, mas já notaram algumas diferenças em relação à realidade do ensino no seu país.

A escola de Bragança «não se parece nem um pouco» com as escolas de Cabo Verde, segundo afirmaram Sara e Carlos, dois dos estudantes do grupo.
Em Bragança, «o espaço é diferente», mas o que mais impressionou estes jovens, até agora, foram «os fumeiros e as castanhas de Vinhais».

Ficaram a conhecer dois dos mais emblemáticos produtos regionais transmontanos numa das várias visitas que preenchem o programa que se prolonga, de 24 de Março a 04 de Abril.

O grupo vai também visitar museus do Nordeste Transmontano, o centro de formação profissional de Bragança e o Instituto Politécnico, entre outros locais e instituições.

O director da Escola Secundária do Tarrafal, Luís Costa, espera que este intercâmbio possa resultar em oportunidades para «alguns alunos cabo verdianos virem estudar cursos tecnológicos em Bragança».

Durante a próxima semana, os estudantes cabo verdianos vão ser integrados nas turmas da Emídio Garcia e assistir às aulas com os colegas portugueses.

A escola de Bragança preparou-lhes também outras actividades, nomeadamente, desportivas e experiências nos laboratórios.

Carlos Fernandes, membro do conselho executivo, realçou «o contacto que esta iniciativa vai proporcionar aos jovens com tradições e vivências escolares diferentes».



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