Os autarcas da Região Demarcada do Douro defenderam hoje a nomeação de um encarregado de missão, uma entidade supra-municipal com poderes para lutar junto do Governo pelo desenvolvimento do território.
Reunidos em Tabuaço, os autarcas durienses constituíram uma comissão que pretende ser recebida pelo primeiro-ministro e ministro da Presidência, em audiência a solicitar brevemente.
O presidente da Câmara de Alijó, Artur Cascarejo, afirmou que o encarregado de missão funcionará como uma entidade supra-municipal e interlocutor da Região junto do Governo.
«O Douro precisa de uma voz forte que se faça ouvir e possa negociar, junto dos vários Ministérios, o desenvolvimento da mais antiga região demarcada do mundo», afirmou o autarca, lembrando que já foi criada uma entidade idêntica para desenvolver o Vale do Ave.
Artur Cascarejo considera que o Douro, classificado como Património Mundial em 2001, tem agora uma oportunidade de desenvolvimento que não pode ser desperdiçada.
Salientou ainda que o encarregado de missão terá de negociar o próximo quadro comunitário de apoio para a Região, que continua a sentir graves problemas como a crise no sector vitivinícola ou a desertificação que se tem acentuado nas últimas décadas.
Para Artur Cascarejo, uma das principais preocupações do Douro é a falta de acessibilidades e, por isso, frisou que os autarcas reivindicam melhores vias de ligação nos concelhos, o prolongamento da A-4 até Vila Real e Bragança e estradas de ligação à A-24.
Sublinhou ainda que o Douro precisa de um forte investimento nas ligações rodoviária, fluvial e aérea.
Esta tomada de posição dos autarcas durienses vem na sequência do manifesto «O Douro não pode esperar mais», que reuniu diversas personalidades da Região.