A Direção Regional de Cultura do Norte (DRCN) disse hoje que a intervenção no Castelo de Monforte, em Chaves, vai arrancar no segundo semestre deste ano e conta com um orçamento de cerca de 200 mil euros.
A intervenção está inserida na Operação Castelos a Norte, que se encontra em curso até 2020, fruto de uma reprogramação entretanto efetuada junto da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte (CCDR-N).
O esclarecimento da DRCN surge depois da deputada do PSD eleita pelo distrito de Vila Real, Manuela Tender, ter alertado para os “sucessivos adiamentos da intervenção” prevista no Castelo de Monforte e se ter mostrado preocupada “com o abandono em que se encontra” aquele monumento nacional, classificado em 1950.
A parlamentar apelou a “uma intervenção urgente que trave a degradação” do castelo que se localiza na freguesia de Águas Frias.
De acordo com a fonte da DRCN, o projeto de requalificação do Castelo de Monforte “prevê realizar uma limpeza da vegetação que impede o acesso ao interior da antiga vila amuralhada e, consequentemente, a visitação de toda a extensa área do antigo povoado”.
A limpeza da vegetação também incidirá na envolvente imediata do castelo por forma a dignificar a imagem do monumento.
A DRCN adiantou que o projeto “privilegiará a reconstrução de alguns trechos da muralha, seja na praça de armas, seja na cerca da vila amuralhada, na zona contígua à alcáçova, assim como trabalhos de conservação na torre de menagem”.
Na plataforma subjacente ao castelo será construído um "núcleo de acolhimento aos visitantes e proceder-se-á a uma intervenção de arranjos exteriores do monumento, face a algumas transformações realizadas em data recente e que descaracterizaram o enquadramento próximo do Castelo de Monforte".
A intervenção, segundo a DRCN, vai iniciar-se no segundo semestre deste ano e tem um “orçamento que ascende aos 200 mil euros”.
A Operação Castelos a Norte visa intervir nos castelos raianos da Região Norte: Montalegre, Monforte de Rio Livre (Chaves), Outeiro (Bragança), Mogadouro e Miranda do Douro.
Através de um projeto de revitalização, incidindo sobretudo em ações de recuperação, divulgação e promoção turístico-cultural, pretende-se, segundo a Direção Regional, “potenciar o usufruto dos monumentos pela população local e pelos turistas, nacionais e estrangeiros”.
Esta operação tem como beneficiários a Direção Regional de Cultura do Norte e os municípios de Miranda do Douro e Montalegre.
Foto: Chaves intemporal e Mario Silva