Um grupo de investigadores da Universidade de Vila Real está a estudar de novas formas de aplicação do laser, uma tecnologia descoberta há 50 anos nos Estados Unidos, tal como a criação de pequenos filmes que permitam a preservação de informação informática em caso de falha de energia, noticia a Lusa.
O departamento de Física da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD) associa-se na próxima quinta-feira à iniciativa «Cinquentenário do Primeiro Laser Operacional», com o objectivo de dar «conhecer de onde veio, o que é e para onde é o caminho do laser como área de pesquisa e onde anda, como participa, e como acompanhará o mundo», esclareceu à Lusa o professor e investigador Ramiro Fernandes.
«Esta é uma história de sucesso porque o laser teve um desenvolvimento tal que as suas aplicações permitem que ele seja usado em quase tudo que nós fazemos no nosso dia-a-dia, como quando ouvimos um CD ou no código de barras usado para pagar no supermercado», sublinhou.
Ramiro Fernandes integra uma equipa de especialistas que está a desenvolver uma investigação inovadora em que se «usam os sistemas laser para fabricar materiais que têm novas propriedades e irão permitir novas aplicações no futuro e desenvolvimento de novos tipos de produtos», ou seja, a criação filmes finos para memórias não voláteis de computadores.
A investigação envolve sete pessoas e decorre na UTAD e no Instituto de Engenharia de Sistemas e Computadores do Porto.
Esta é uma área em que, segundo o responsável, «ainda há muito mais para fazer».