Os parques eólicos prometidos para o concelho de Bragança não vão avançar nos próximos anos. «Para já, falta a ligação à rede de auto-estradas de energia», afirmou o presidente da Câmara, Jorge Nunes.
O autarca reuniu recentemente com o presidente da Rede Eléctrica Nacional para expor a situação e ficou a saber que os planos de investimento, que vão permitir alterar essa deficiência, só estão previstos para 2007.
«Há alguma dificuldade em instalar parques eólicos em Bragança, neste momento», admitiu Nunes.
O parque eólico da serra da Nogueira chegou a ser dado como certo. As três câmaras envolvidas (Bragança, Macedo de Cavaleiros e Vinhais), bem como as diversas freguesias, chegaram mesmo a um acordo com uma empresa francesa interessada em explorar a energia no local. O projecto iria proporcionar um aumento de liquidez nos cofres das freguesias, que receberiam 3% da receita bruta, além de que havia promessas de investimento de mais de 50 milhões de euros na região.
Os franceses estudaram a área ( incluindo o impacto ambiental), para decidir a localização das torres, que consistiram na medição da quantidade de vento e de energia. O Ministério do Ambiente teria dado um parecer favorável. As autarquias chegaram a licenciar a instalação de hélices. Tudo ficou no papel a aguardar melhores dias.
O atraso traduz-se «numa perda de rentabilidade para a Câmara, freguesias e até para o pais que depende 90% do exterior», frisa o autarca.