A Rozés, empresa de vinho do Porto do grupo francês Vranken Pommery Monopole, vai este ano plantar seis hectares de vinha no Douro Superior, esgotando, por completo, toda a sua área disponível para plantação. Completa, assim, um plano de investimento de 10 milhões de euros, que iniciou em 2002, nas quintas no Douro, mas está disponível para novas aquisições que permitam investir em novas áreas de plantação de vinha.
\"Com os seis hectares que vamos plantar na Quinta do Grifo e na Quinta da Camaneira, concluímos o plano de investimento e as plantações para a área que temos disponível. Claro que, se aparecer mais área disponível na mesma zona geográfica, ou seja, em Freixo de Espada à Cinta, estamos interessados\", afirmou ao DN António Saraiva, administrador da Rozés. Concelho em que a empresa tem já três quintas (as duas já referidas, mais a Quinta da Veiga Redonda), num total de 200 hectares, dos quais 140 estão ocupados por vinha.
Mas tem ainda mais seis quintas situadas no Cima Corgo (concelhos de São João da Pesqueira e Tabuaço), o que aumenta para 300 hectares a sua área total, dos quais 230 com vinha. \"Gostaríamos de chegar aos 250 hectares\", admite António Saraiva. A empresa conta ainda com um moderno centro de vinificação em Cambres, Lamego, no qual investiu outros 10 milhões de euros.
Um volume de investimentos elevado, reconhece António Saraiva, mas que atesta a aposta que a casa-mãe faz no negócio do vinho do Porto e na marca Rozés, diz. Uma aposta que se traduz, inclusivamente, pelo facto de a Rozés representar apenas 5% do volume de negócios consolidado do grupo Vranken mas, em contrapartida, representar 15% dos investimentos realizados nos últimos quatro anos. \"Por isso, o nosso capital social é de 15 milhões de euros quando as nossas vendas são de nove milhões. A verdade é que os tempos são difíceis, mas temos de andar para a frente. Quanto mais depressa se investir e plantar, mais depressa estaremos a colher os frutos\", lembra.
Com um volume de vendas de dois milhões de garrafas de vinho do Porto ao ano, a Rozés está presente em mais de 40 países. França Bélgica e Escandináveis são os principais mercados, sendo a Rússia e o Japão as mais recentes apostas. O grupo Vranken abriu uma filial no Japão onde tem uma parceria com o grupo Relais & Chateaux, da qual \"o vinho dio Porto está a tirar grande partido, não ao nível de grandes volumes, mas dos vinhos velhos e dos vintages\".