O Instituto Politécnico de Bragança (IPB) contabilizou este ano mais cem entradas de alunos do que no ano transato, somando mais de dois mil novos estudantes, a maioria oriunda dos chamados novos públicos.

Os «maiores de 23», os cursos de especialização tecnológica e estudantes estrangeiros representam mais de metade, 55 %, das novas entradas, enquanto que o número de alunos que entraram através do Gabinete Nacional de Ingresso ficou em valores semelhantes ao ano anterior, adiantou hoje à Lusa o presidente da instituição.

Sobrinho Teixeira explicou que as entradas superaram as vagas inicialmente disponibilizadas, 1.870, com o instituto a recorrer à possibilidade legal de alargar esse número, o que permitiu superou as duas mil entradas.

O instituto não escapou, porém, à quebra nacional nas engenharias e ciências agrárias, com vários cursos sem qualquer candidato, em virtude da alteração da forma de acesso, que o presidente do IPB considerou «preocupante», manifestando a expectativa de que, no próximo ano letivo, a situação seja corrigida pelo Ministério da Educação.

As entradas registadas este ano irão permitir ao politécnico de Bragança manter o número total de sete mil alunos que frequentam as cinco escolas superiores.

O responsável sublinhou que o IPB «começou a apostar, desde há algum tempo, em outras formas de acesso, de recrutamento, dentro daquilo que deve ser a missão de uma instituição politécnica e de uma instituição do interior e com grande vocação de internacionalização».

«Eu acho que o politécnico de Bragança está a cumprir, de facto, essa diferenciação, para nem todos fazermos o mesmo», afirmou.

A aposta é para manter nos próximos anos, abrindo a instituição \\\"ao recrutamento de alunos que querem frequentar cursos mais profissionais, de especialização tecnológica e, sobretudo, ao aumento de alunos internacionais\\\".

O IPB contabiliza um milhar de alunos estrangeiros, que representa 13 % do total da comunidade estudantil, ao abrigo de vários programas de intercâmbio, nomeadamente com os países da lusofonia.

\\\"Bragança tem condições ímpares em termos de qualidade e custo de vida para poder acomodar alunos estrangeiros\\\", considerou.

Sobrinho Teixeira lembrou ainda que a instituição transmontana \\\"ficou em primeiro lugar em dois índices do «ranking» ibero-americano de instituições de investigação, fazendo sobretudo investigação aplicada, ligada àquilo que são os problemas da região\\\".



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