O Instituto Politécnico de Bragança (IPB) participa no projeto I-ReWater com 2,2 milhões de euros de dotação para avaliar o uso de águas residuais tratadas em culturas de regadio no espaço do Sudoeste europeu (SUDOE), foi hoje divulgado.
Em comunicado, o IPB divulgou que o projeto I-ReWater, gestão sustentável dos recursos hídricos em agricultura de regadio no espaço SUDOE, foi oficialmente iniciado no final de fevereiro deste ano e é liderado por um consórcio multidisciplinar de 16 entidades de Espanha, Andorra, Portugal e França.
O principal objetivo deste projeto de investigação aplicada de três anos é preservar o capital natural para fortalecer a sua adaptação à mudança climática e promover a gestão sustentável dos recursos hídricos.
“Como membro do consórcio, o IPB será responsável pela gestão de um campo piloto em amendoal onde será instalado um delineamento experimental de rega deficitária, que incluirá tratamentos que recebem doses diferenciadas de água residual tratada. O objetivo é monitorizar a fertilidade do solo e da nutrição mineral das plantas e do desempenho das amendoeiras sob diferentes regimes de irrigação, tarefas fundamentais nesta proposta e que vão estar a cargo da equipa constituída pelos docentes e investigadores Manuel Ângelo Ribeiro, António Castro Ribeiro, Margarida Arrobas, Artur Gonçalves e Manuel Feliciano”, indica na mesma nota o politécnico transmontano.
Para além do campo-piloto do IPB, para cumprir o objetivo do projeto I-ReWater, ao longo do triénio 2024-2026, serão realizados mais 15 projetos-piloto em diferentes localizações para testar o aproveitamento de água residual tratada em parcelas de agricultura de regadio com diferentes culturas.
Os resultados das diversas ações parciais desenvolvidas vão permitir a elaboração de uma estratégia de atuação a nível internacional, que servirá para definir as diferentes etapas a seguir no processo progressivo de incorporação das águas residuais tratadas ao conjunto de recursos hídricos disponíveis destinados à irrigação.
O projeto I-ReWater foi aprovado na convocatória Interreg Sudoe 2021-2027 e possui um orçamento de mais de 2,2 milhões de euros, financiado em 75% pelo Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional (FEDER).
De acordo com a página oficial desta iniciativa europeia, o programa de cooperação territorial do espaço Sudoeste europeu (SUDOE) apoia o desenvolvimento regional através do cofinanciamento de projetos transnacionais por intermédio do FEDER.
Desta forma, os atores públicos das regiões espanholas, francesas, portuguesas e britânicas (Gibraltar) podem contribuir para o crescimento e desenvolvimento sustentável deste espaço Sudoeste europeu, desenvolvendo projetos de cooperação transnacionais relacionados com a inovação, o ambiente, as novas tecnologias da informação e o desenvolvimento urbano sustentável.