Do Portugal profundo, como se das profundezas do Inferno, regressa a revista improvável.

No número quatro, a Periférica não escutou os anseios do povo, não deu voz às massas.

Do mesmo modo se pode dizer que não escutou a voz da razão nem se deu ao bom senso.

Cedeu, sim, ainda mais, aos nobres princípios que a iluminam: não há nada à face da Terra que não possa ser olhado de viés (ok, o slogan precisa de ser melhorado literariamente).

- A edição inicia com Joe Sorren, ilustrador eventual da New Yorker. (Não, não aderimos à moda do plágio.)

- A secção de afectos, A Oeste Nada de Novo, reforçou-se e está quase na dimensão que o país necessita.

- Descobrimos e apresentamos as Sete Maravilhas de Portugal.

- Entrevistámos, candidamente, António Cabrita, crítico, autor, editor da Íman, director da Construções Portuárias.

- Aliciámos Onésimo Teotónio Almeida (crónica) e Sérgio Ranalli (fotografia).

- A Helena Barbas, na crítica literária, juntaram-se João Pedro George (romance) e Manuel de Freitas (poesia).

- Em Pulp Fiction, há novos colaboradores (José Prata e António Cabral) e reincidências (Rui Zink).

- Publicamos a lista de livros de Marcelo Rebelo Sousa. (Continua a não haver plágio, não insistam.)

- E o resto, que não é pouco (crónicas, ilustração, ficção, poesia), era capaz de pasmar a concorrência, assim esta lhe conseguisse botar as unhas.

Se o outro dizia que \"Paris é uma Festa\", com propriedade o leitor da Periférica dirá o mesmo de Vilarelho, verdadeira Terra do Nunca.



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