Jóni Brandão (Efapel) manteve hoje a liderança da Volta a Portugal em bicicleta, em igualdade com João Rodrigues (W52-FC Porto), após o triunfo de António Carvalho (W52-FC Porto) na nona e penúltima etapa, no alto da Senhora da Graça.

No final dos 133,5 quilómetros, entre Fafe e a Senhora da Graça (Mondim de Basto), António Carvalho venceu em 3:49.12 horas, menos um segundo do que João Rodrigues e menos dois do que Joni Brandão.

Na geral, Jóni Brandão tem agora o mesmo tempo de João Rodrigues e mais 40 segundos do que o espanhol Gustavo Veloso, terceiro classificado.

A 81.ª edição da Volta a Portugal termina no domingo, com um contrarrelógio individual de 19,5 quilómetros, entre Vila Nova de Gaia e o Porto.

 

Líder da classificação da juventude desiste após queda

O espanhol Unai Cuadrado (Euskadi), líder da classificação da juventude da 81.ª Volta a Portugal em bicicleta, desistiu hoje após uma queda na nona etapa, que partiu de Fafe e termina no alto da Senhora da Graça.

O ciclista de 21 anos foi transportado para o hospital após uma queda, a par de três corredores, o companheiro de equipa Diego Lopez, o também espanhol Julen Amezqueta (Caja Rural-Seguros RGA) e o suíço Lukas Ruegg (SRA).

Cuadrado era 20.º na classificação geral e liderava a classificação da juventude, que tem agora no também espanhol Urko Berrade (Euskadi-Murias) o primeiro classificado.

A nona e penúltima etapa já levou ao abandono do espanhol Vicente García de Mateos (Aviludo-Louletano), enquanto Frederico Figueiredo (Sporting-Tavira), 10.º classificado, foi apanhado na queda e foi assistido pela equipa médica da prova, e André Evangelista, também da Aviludo-Louletano, também desistiu.

 

9.ª etapa – Declarações

 Declarações após a nona e penúltima etapa da Volta a Portugal em bicicleta, uma ligação de 133,5 quilómetros entre Fafe e o alto da Senhora da Graça, ganha por António Carvalho (W52-FC Porto):

 

António Carvalho (vencedor da etapa e oitavo à geral): “Mais uma vez demonstrámos a grande equipa que somos, unidos, e é para correr todos juntos que cá estamos. Amanhã [domingo], acaba nos Aliados, eu ainda me lembro de pedir uma chegada lá. Não tenho dúvidas que vai ser dos melhores dias de ciclismo.

Adoro esta etapa, para mim é a etapa mítica da Volta. Gosto da Serra da Estrela, mas Senhora da Graça é Senhora da Graça. Queria atacar a corrida, joguei ao ataque desde o quilómetro zero. Ninguém acreditava que ia vencer. Sabia que os ciclistas, ao ver a aproximação do grupo de trás, levantavam o pé. Fiz o mesmo e depois voltei a acelerar, e assim consegui vencer”.

 

João Rodrigues (segundo na etapa e na geral): “Como tinha dito já nos últimos dias, as subidas não têm feito tantas diferenças nesta prova, as forças estão muito igualadas. Ficará tudo decidido no contrarrelógio.

No ‘crono’ de domingo, é partir à morte e chegar à morte. O mais forte será o vencedor.

É uma questão de quem está melhor fisicamente, o crono final não é para especialistas, é quem recuperar melhor e tiver mais poder.

Esta subida foi espetacular, com imensos portistas e amantes da modalidade a apoiar. É muito bom sentir este calor humano”.

 

Jóni Brandão (terceiro na etapa e líder da classificação geral): “O mais importante é que a Volta está em aberto. Nos últimos anos chegávamos à última etapa e estava praticamente decidida. Neste momento, está em aberto. O Porto mostrava sempre um grande domínio, tinha a Volta no bolso, este ano não é assim.

Falta um dia em que vai ser cada um por si. Tenho de estar confiante, os adversários também são fortes e quem ganhar a Volta será o mais forte”.

 

Frederico Figueiredo (quinto na etapa e sétimo à geral): “[Sobre a queda] Foi na descida do Viso. Vamos todos em fila indiana, em equipa, e mesmo avisando que a descida era perigosa, passaram rápido, travaram a fundo e a bicicleta capotou. Subi uma ribanceira, acho que o pulso tem uma fratura. A minha equipa motivou-me para não desistir.

Queria lutar pela geral da Volta. Nos primeiros dias as coisas não nos correram bem, já caí três vezes, dificultou-me muito na condição física, mas é ciclismo. Vou lutar pelo ‘top 10’, tenho de dar tudo por tudo nos 19 quilómetros”.

 

Emanuel Duarte (líder da classificação da juventude): “Hoje tenho de agradecer muito à minha equipa. Deixaram-me na frente e depois foi aguentar ao máximo para fazer a diferença na luta pela juventude. Tenho de sonhar com a camisola até final.

A amarela é o sonho de qualquer ciclista. Tenho características para sonhar com isso”.

 

Luís Gomes (vencedor da classificação de montanha): “Hoje queria pontuar numa das montanhas mais importantes. Entrei na fuga do dia e ajudei a equipa no que pude. Estou muito feliz.

Acho que é uma Volta das melhores dos últimos anos para a equipa. Estamos de parabéns, foi excelente com um conjunto muito forte e unido que fez a diferença”.

 



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