Cerca de meia centena de agricultores das aldeias de Jorjais e Cigarrosa, da freguesia de Mouçós, protestaram, ontem, em Jorjais, Vila Real, durante a manhã, exigindo a construção de um caminho rural que lhes possibilite os acessos aos seus terrenos.
A luta dos populares já se arrasta há alguns meses, quando os caminhos existentes foram destruídos pela construção do troço da A24 entre Vila Real e Benagouro. A obra arrancou ainda ontem.
Segundo Joaquim Ferreira, um agricultor de Jorjais, \"não fora a boa vontade de um habitante local em deixar passar no seu terreno os lavradores da zona e estes ficavam sem acessos aos seus campos. A Norinter andava sempre a dizer que construía, mas eram só promessas\".
Porém, segundo o agricultor, \"a boa vontade do proprietário do terreno, a residir em Lisboa, estava a chegar ao fim\", pois este alegava que \"a Norinter não está a cumprir com o pagamento de um terreno abrangido e, como tal, entendeu que só deixava passar os agricultores até ao dia de ontem\".
A concentração, que durou algumas horas, terminou quando o presidente da Junta de Freguesia de Mouçós, Hermano Machado, em diálogo com os técnicos da Norinter, que, a seu pedido, se deslocaram a Jorjais, propÎs duas hipóteses a construção de um caminho junto ao viaduto de Jorjais, ou uma ponte sobre a ribeira das Pardas, em Jorjais. Adoptou-se a segunda, depois da anuência do Ministério do Ambiente. Os trabalhos começaram já ontem.