Vários deputados confessaram ao Diário Económico que não irão às jornadas em Bragança por considerarem que falta tempo para o debate político no programa.
São as primeiras jornadas parlamentares do reinado de António José Seguro à frente do PS e prometem ser também mais um elemento de tensão entre os deputados socialistas.
O programa e os oradores escolhidos para a reunião de Bragança não agradam a todos e em clima de divisão como o que se vive na bancada rosa, multiplicam-se as críticas à falta de tempo para debate político e de convite a figuras do exterior que enriquecessem a discussão.
Ao que o Diário Económico apurou, válrios parlamentares vão mesmo faltar à reunião, embora tenham preferido não o assumir publicamente. José Lello é um dos que não esconde que os seus planos para hoje e amanhã não passam por Bragança, mas em tom de conciliação admite que \"num momento de dissidências é importante olhar para dentro\" e, por isso, considera que o programa e os temas são \"oportunos\".
As jornadas arrancam sob o tema Crescimento Económico e Emprego, com painéis dedicados à coesão social e territorial, a inovação e competitividade da economia e ao emprego. Mas para alguns a reunião já chega tarde, até porque nestes últimos meses o partido teve \"temas muito mais pertinentes e mais exigentes para colocar na ordem de trabalhos\", desde as leis laborais ao Orçamento Rectificativo, avança um deputado ao Diário Económico.
Outro parlamentar, constata que \"basta olhar para a ordem de trabalhos para perceber que não deixaram tempo para o debate político e, por isso, não vou a Bragança para beneficiar das luzes de colegas com quem estou todos os dias no Parlamento\".