A JSD vai realizar um referendo interno sobre a posição face à legalização das drogas leves, informou hoje a líder desta estrutura, Margarida Balseiro Lopes, estimando que a auscultação deverá acontecer em fevereiro do próximo ano.
“Vamos fazer um referendo interno sobre a legalização das drogas leves”, disse à Lusa a presidente da Juventude Social Democrata (JSD), notando que “há algumas décadas que não existe nenhum” dentro daquela estrutura.
“Nós vamos voltar a fazer um referendo interno”, sublinhou, indicando que o objetivo desta iniciativa passa por “tentar perceber se a maior parte da estrutura é favorável, ou não, à legalização”.
Margarida Balseiro Lopes explicou que os referendos internos da JSD carecem de aprovação em Conselho Nacional e publicação, pelo que a líder estimou que “a data que em princípio será a data de realização do referendo, será algures no mês de fevereiro de 2020”.
Por isso, de acordo com a presidente dos jovens sociais-democratas, “haverá um novo Conselho Nacional extraordinário algures até ao final do mês” para aprovar a realização deste referendo e, igualmente, para preparar o congresso do partido, que está marcado para fevereiro do próximo ano.
A JSD esteve ontem reunida em Conselho Nacional, órgão máximo da organização, numa reunião que decorreu esta tarde em Vila Pouca de Aguiar, distrito de Vila Real.
Este “foi um Conselho Nacional ordinário”, referiu Margarida Balseiro Lopes, notando que estas reuniões acontecem trimestralmente para fazer uma “análise da situação política”.
“Neste Conselho Nacional fizemos um balanço daqueles que foram os últimos meses, com particular destaque para as eleições legislativas. Naturalmente, destacámos positivamente a eleição de cinco militantes da JSD como deputados à Assembleia da República”, frisou, acrescentando que esta reunião permitiu ainda delinear “os próximos meses de mandato”.
Outro dos assuntos em cima da mesa foi a revisão dos estatutos da organização, processo que está “em fase de conclusão”.
Questionada sobre se os membros da JSD abordaram as eleições diretas para a direção do PSD, Margarida Balseiro Lopes confirmou que este foi um dos assuntos falados, mas preferiu não se alongar sobre a matéria.
“Sim, mas mais do que as diretas, aquilo que houve foi um balanço da campanha eleitoral, dos resultados e, portanto, o normal na reunião deste tipo de órgãos”, declarou.