Os presidentes das Juntas de Freguesia de Argozelo, no concelho de Vimioso, e de Coelhoso, no concelho de Bragança, estão a «perder a paciência» com o não cumprimento de uma «promessa antiga» feita pelas duas Câmaras Municipais dos concelhos a que pertencem, referente à construção de um pontão que faça a ligação das duas freguesias. Com a construção do tão esperado pontão, as duas localidades vizinhas, que actualmente estão separadas por cerca de 50 quilómetros de estrada, poderiam ficar a uma distância de aproximadamente nove quilómetros.
Há quase 20 anos que as populações de Argozelo e de Coelhoso se batem por esta ligação. No entanto, continuam à espera da conclusão da obra. Em ambas as localidades já existem os caminhos das estradas, faltando, contudo, o principal: proceder à pavimentação das vias e construir a dita ligação, que ainda não foi iniciada. Para a construção é necessário um investimento na ordem dos 150 mil euros.
Segundo o presidente da Junta de Freguesia de Argozelo, José Sena, os executivos camarários de Bragança e de Vimioso já tinham dado a garantia de que as obras iriam ser iniciadas no passado mês de Dezembro. E, dizendo-se \"farto de promessas\", o autarca deixou a promessa de que, se até ao final deste mês não se der início à edificação da infra-estrutura, em Maio haverá \"novidades\". Essas \"novidades\" virão também da aldeia de Coelhoso e passam pela organização de manifestações a favor da dita obra, que se impõe como \"muito importante\" para as duas freguesias e para as localidades vizinhas, visto que encurta \"em muito\" as distâncias. \"Isto parece ser uma brincadeira, mas somos um povo grande e unido e esta é uma obra pela qual não nos calamos\", avisou José Sena.
Também o presidente da Junta de Coelhoso, Ernesto Fernandes, frisou que \"há pressa na construção do pontão\". Mas, como não existe calendarização da obra, o autarca diz não acreditar que o pontão esteja para breve.
Na opinião de Ernesto Fernandes, a demora neste processo passa por \"questões de vontade política\" da parte da Câmara de Bragança e de \"acanhamento financeiro\" por parte da autarquia de Vimioso.