Atraso num recurso colocou já em liberdade quatro homens condenados a penas de prisão entre 11 e 14 anos por terem realizado assaltos violentos a idosos em várias localidades do norte do país.

 

Quatro dos sete elementos condenados do gang que ficou conhecido como a Máfia das Pensões foram libertados da prisão de alta segurança de Vale de Judeus na passada quinta-feira. Tudo porque os recursos que apresentaram no Tribunal da Relação de Guimarães, não obtiveram qualquer resposta, tendo-se, assim, esgotado o prazo máximo da prisão preventiva.

A Polícia Judiciária avisa que os criminosos são considerados perigosos e não têm residência fixa, podendo até abandonar o país.

Do julgamento que ocorreu em julho do ano transato no Tribunal de Vila Real, sete dos nove arguidos, foram condenados a pesadas penas de prisão por terem levado a cabo múltiplos assaltos violentos a idosos em diversas localidades do norte do país.

Foram dezenas de crimes como burla qualificada, roubo agravado, posse de armas proibidas e branqueamento de capitais que que sustentaram a tese do Ministério Público que levaria às condenações dos sete elementos. Destes arguidos, quatro, considerados os mais perigosos, ficaram detidos em Vale de Judeus e foram precisamente esses a serem libertados.

O gang foi condenado em primeira instância a penas que vão dos 11 aos 14 anos e dos crimes cometidos, de acordo com o tribunal, terão conseguido proveitos que podem ascender aos 2,8 milhões de euros.

De salientar, ainda, que alguns destes elementos recebiam o Rendimento Social de Inserção. Além de poderem ser libertados esta semana, o dinheiro também lhes poderá ser devolvido, por decisão do Tribunal de Vila Real.

Recorde-se que muitas das vítimas acabaram por sofrer física e psicologicamente em resultado destes crimes. Segundo ficou provado, com o choque alguns idosos ficaram incontinentes, outros sofreram AVC e houve até os que deixaram de falar. Uma das idosas terá mesmo chegado a imolar-se pelo fogo, após se aperceber de que tinha sido enganada pelo grupo, que lhe levou todas as poupanças.



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