O troço da Linha do Douro entre Foz-Tua e Pocinho só vai reabrir no próximo mês de Abril. Está encerrado desde 25 de Dezembro do ano passado devido a uma derrocada de pedras e os trabalhos de reparação estão a demorar mais que o previsto.

Depois de o PCP de Torre de Moncorvo e de o PS de Vila Nova de Foz CÎa terem vindo a público manifestar o seu receio pela demora no reatamento das ligações de comboio entre Foz-Tua (Carrazeda de Ansiães) e Pocinho (Foz CÎa), não tardaram rumores que davam conta do encerramento definitivo da linha. Porém, fonte oficial da REFER desmente tal intenção, até porque se a tivesse \"não estaria a efectuar os trabalhos de reparação\".

Essa garantia já foi dada também aos autarcas da região. O presidente da Câmara de Vila Nova de Foz CÎa, Gustavo Duarte, adiantou, ao JN, que as informações que recebeu da REFER em recentes contactos indicam que \"a reabertura da linha está prevista para princípios de Abril\" e, por isso, não alinha nas desconfianças sobre o eventual encerramento definitivo da via. \"Isso não tem qualquer fundamento\", acredita.

O problema é que a derrocada do dia de Natal ocorreu numa zona de elevado risco e que até já estava referenciada pela REFER. Por esse mesmo motivo, tinha uma empreitada a decorrer numa zona adjacente para minimizar o risco de derrocadas.

Desprendimento de pedras

Devido ao mau tempo e especialmente à grande pluviosidade de Dezembro, grandes pedregulhos desprenderam-se da encosta de declive muito acentuado e destruiu a linha numa extensão de quase 30 metros, a cerca de três quilómetros da estação de Foz-Tua. Desde então, a REFER tem no local homens e máquinas a trabalhar na remoção das toneladas de pedras e terra que caíram e na consolidação da escarpa, de modo a precaver a ocorrência de novos incidentes. De resto, são bastante comuns na Linha do Douro, que atravessa zonas muito íngremes, mas raramente da dimensão daquela que mantém encerrada a ferrovia.

A intervenção em curso no local engloba a colocação de redes de resistência elevada e pregagens, medidas que são comuns quando é necessário tornar mais segura uma zona rochosa instável.



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