A Linha do Douro está interrompida a partir esta segunda-feira durante três meses no troço entre Caíde e Marco de Canaveses devido a obras de modernização, mas a CP assegura transbordo rodoviário.
A Linha do Douro está a partir desta segunda-feira interrompida durante três meses no troço entre Caíde e Marco de Canaveses devido a obras de modernização, sendo a ligação assegurada por transportes rodoviários.
De acordo com a Comboios de Portugal (CP), a suspensão temporária da circulação naquele troço ferroviário decorre “no contexto das intervenções de eletrificação da Linha do Douro”.
A CP garante transbordo rodoviário aos passageiros entre aquelas duas estações e assegura a ligação ao troço que continuará aberto, entre Marco de Canaveses, Peso da Régua e Pocinho, com comboios formados por locomotiva e carruagens, material que ao longo dos últimos dois anos já circulou na Linha do Douro, nomeadamente no comboio Miradouro.
Em meados de novembro, o anúncio da suspensão temporária da circulação ferroviária entre Caíde e o Marco levou os autarcas da Régua e do Pinhão a criticarem os constrangimentos provocados aos utilizadores da linha.
Na sexta-feira, em reunião no Porto, a CP garantiu aos autarcas do Douro uma “monotonização permanente” e “ajustamentos que permitam introduzir melhorias” na oferta planeada para a Linha do Douro durante o período das obras entre Caíde e o Marco de Canaveses.
A reunião, que decorreu na estação de São Bento, contou com a presença do secretário de Estado do Planeamento e Infraestruturas, a CP, a Infraestruturas de Portugal e as autarquias de Alijó, Baião, Carrazeda de Ansiães, Mesão Frio, Peso da Régua, Santa Marta de Penaguião, São João da Pesqueira e Vila Nova de Foz Côa.
A CP garante que, após a conclusão das obras e da reabertura da linha, serão repostos a oferta e os horários até então em vigor.
No final da reunião, o presidente da Câmara de Santa Marta de Penaguião, Luís Machado, disse à agência Lusa que foi encontrado um modelo que “tenta minimizar o impacto negativo que as obras têm” e que tenta garantir “que as pessoas chegam ao emprego e a casa a horas razoáveis”.
O autarca referiu também que, durante o período de obras, “os horários são dinâmicos, ou seja, as autarquias podem propor a alteração de um ou outro horário em função dos interesses dos seus munícipes”.
Luís Machado disse ainda que, se for necessário, “também será complementada a oferta, pela rodovia”.
“Ou seja, se houver algumas localidades que não fiquem suficientemente servidas pela ferrovia neste novo horário, a CP compromete-se a complementar com horários rodoviários. Sendo certo é que, havendo obras, há sempre constrangimentos para todos”, disse.