A intensa queda de granizo que, a 26 de Agosto, assolou a cidade de Mirandela foi uma espécie de «sorte grande» para os empresários de oficinas de reparação, que já se queixavam de uma grave crise no sector.

Em apenas duas oficinas, cerca de uma centena de veículos danificados pelo granizo deram entrada para reparação, o que significou trabalho garantido até ao final deste ano. \"Foi uma espécie de ajuda vinda do céu\", sublinha Alfredo Ricardo, empresário do sector, tendo em conta os estragos em mais de uma centena de automóveis.

As listas de espera de veículos para ser reparados são extensas em qualquer uma das mais de uma dezena de oficinas de chaparia da cidade do Tua. A oficina deste empresário já reparou sete veículos, estando mais 40 em lista de espera, os quais só devem estar prontos até ao final do ano.

Mas, Alfredo Ricardo não tem dúvidas de que \"existem muitas viaturas que não estão cobertas pelo seguro para estas catástrofes naturais\" e que os seus proprietários nem sequer vão solicitar a reparação dos automóveis danificados, tendo em conta que o valor médio da reparação, que varia entre os 1000 e os 1500 euros, não compensa o valor dos veículos.

Lista de espera

O empresário confirma que os meses de Setembro e Outubro costumam, por norma, ser fracos para mecânicos e chapeiros, mas este ano a situação ainda estaria mais grave, caso não fosse estas reparações devidas ao granizo. No concessionário da empresa \"Renault\" para Mirandela, a \"Domuscar\", a lista de espera é de 28 carros que ainda não têm sequer data marcada para a reparação, e no total serão 50 a ser intervencionados.

Quanto à duração do arranjo, como foi a primeira ocorrência dos últimos anos, inicialmente as oficinas tiveram dificuldade para avançar datas \"Como isto não é uma coisa vulgar, não tínhamos uma noção exacta da morosidade de cada reparação e começamos por agendar os carros para três dias de reparação. Neste momento o prazo que marcamos são cinco dias\", conta Ambrósio Cordeiro, chefe de oficina da \"Domuscar\".

Da meia centena de carros que estão previstos serem reparados, \"apenas dois ou três não têm seguro para esta ocorrência\", acrescenta Ambrósio Cordeiro, que, mês e meio depois, ainda elabora orçamentos a proprietários que recorrerem à oficina pela primeira vez.



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