Os mergulhadores encontraram esta tarde o corpo do quinto militar desaparecido no rio Douro, perto de Lamego, após a queda de um helicóptero de combate a incêndios na sexta-feira.

O corpo do quinto militar da GNR vítima do acidente no rio Douro, em Lamego, foi encontrado pelas 16:10 de hoje durante as buscas subaquáticas na zona onde o helicóptero caiu, disse à agência Lusa fonte da Proteção Civil.

No local, a Lusa observou muitas movimentações por parte dos operacionais e embarcações que estão dentro do rio Douro, na zona de Samodães, Lamego, na zona onde a aeronave caiu na sexta-feira.

O helicóptero de combate a incêndios florestais transportava um piloto e uma equipa de cinco militares da Unidade de Emergência de Proteção e Socorro (UEPC) que regressavam de um fogo no concelho de Baião.

As autoridades já tinham resgatado os corpos de quatro militares — Pedro Santos, 45 anos, António Pinto, 36 anos, Fábio Pereira, 34 anos, Daniel Pereira, 35 anos — e continuava desaparecido o último ocupante da aeronave, identificado como Tiago Pereira, 29 anos.

Três militares eram naturais de Lamego, um de Moimenta da Beira e outro de Castro Daire, no distrito de Viseu. O piloto da aeronave foi resgatado com vida, apenas com ferimentos ligeiros.

Nesta operação estiveram envolvidos cerca de 200 operacionais, 15 embarcações na água e 40 viaturas de várias entidades, incluindo bombeiros, Forças Armadas e GNR.

A navegabilidade no rio Douro encontra-se interdita às embarcações de recreio.

O Gabinete de Prevenção e Investigação de Acidentes com Aeronaves e de Acidentes Ferroviários (GPIAAF), organismo do Estado Português, tem uma equipa no terreno e que está a investigar o acidente.

O helicóptero acidentado, do modelo AS350 – Écureuil, é operado pela empresa HTA Helicópteros, sediada em Loulé, Algarve.


GNR promete honras fúnebres para vítimas de acidente com helicóptero no Douro

Os militares que morreram na queda de um helicóptero no rio Douro, no concelho de Lamego, terão agora as devidas honras fúnebres, afirmou hoje a porta-voz da GNR, depois de encontrado o quinto e último corpo das vítimas.

“O desfecho não era o esperado, mas acho que foi o melhor que se conseguiu, com todos os meios que tínhamos à nossa disponibilidade, foi que o rio devolvesse, no fundo, o conforto às nossas famílias, à família da Guarda também, e temos os cinco militares connosco para, agora, conseguirmos prestar as devidas cerimónias e honras fúnebres que merecem e que nós teremos todo o respeito em lhes atribuir”, disse aos jornalistas a tenente-coronel Mafalda Almeida.

Esta tarde foi encontrado no rio Douro, na zona onde a aeronave caiu ao rio, o corpo do quinto militar da GNR, com 29 anos, que foi vítima do acidente.

Na sexta-feira já tinham sido localizados, na mesma zona, os corpos dos cinco militares da Unidade de Emergência de Proteção e Socorro (UEPC) que seguiam no helicóptero que caiu ao rio Douro.

O piloto da aeronave sofreu ferimentos, foi resgatado por uma embarcação de recreio e hospitalizado.

“Temos os cinco militares localizados, resgatados, infelizmente são cinco vítimas mortais. É pesado. Neste momento, o que estará para a frente é prestar-lhes a devida homenagem”, salientou Mafalda Almeida, que falava no posto de comando das operações, no cais de Lamego.

Os militares que perderam a vida neste acidente tinham entre os 29 e os 45 anos, três eram naturais de Lamego, um de Moimenta da Beira e outro de Castro Daire, no distrito de Viseu.

Esta equipa da UEPS atuava a partir do Centro de Meios Aéreos (CMA) de Armamar e regressava à base depois de mobilizada para um incêndio em Baião.

A porta-voz da GNR apontou ainda a necessidade de garantir que as famílias das vítimas continuam a ser acompanhadas.

Os corpos foram transportados para o Instituto de Medicina Legal.

“Estão a ser feitas as diligências o mais rapidamente possível para que os militares sejam devolvidos à família e se possam celebrar as cerimónias fúnebres o quanto antes. Cada um terá a sua cerimónia consoante o desejo da família”, referiu a responsável.

Os meios de socorro estão a ser desmobilizados do local, mas no rio vão continuar os trabalhos de retirada dos destroços por parte da Autoridade Marítima, necessários para a recolha de indícios e a normalização da navegabilidade do Douro, onde circulam diariamente muitas embarcações turísticas.

As causas do acidente ainda não são conhecidas. Hoje, a Polícia Marítima recolheu o depoimento do piloto, que tem 44 anos e é natural de Vila Real.

O Gabinete de Prevenção e Investigação de Acidentes com Aeronaves e de Acidentes Ferroviários está a investigar o acidente.




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