O PSD escolheu hoje Luís Bastos como candidato à Câmara de Santa Marta de Penaguião, Vila Real, nas próximas autárquicas, para dar um contributo na luta contra a crise instalada na viticultura, principal atividade económica do concelho.

Em declarações à agência Lusa, Luís Bastos afirmou hoje que aceitou o desafio por \"ser difícil\" e, acima de tudo, por achar que pode \"ser útil\". Luís Bastos, 43 anos, é licenciado em Direito pela Universidade de Coimbra e exerce, atualmente, as funções de chefe de divisão administrativa e jurídica da Câmara de Vila Real.

O candidato do PSD foi um dos fundadores da Associação de Utilizadores do Itinerário Principal 4 (IP4), criada em 2000 para alertar para os elevados índices de sinistralidade nesta estrada, que liga os distritos do Porto, Vila Real e Bragança. Este concelho duriense é liderado pelo socialista Francisco Ribeiro, que não se pode recandidatar ao cargo, por já ter chegado ao limite de mandatos.

O social-democrata reconheceu à Lusa o \"progresso assinalável nos últimos anos\" em Santa Marta de Penaguião, mas salientou o muito que ainda é preciso fazer perante \"a realidade social difícil\".

O candidato quer ser útil para o concelho, onde a principal fonte de rendimento das famílias, está em crise e onde a adega cooperativa está também com graves problemas financeiros. Luís Bastos afirmou que o \"projeto principal\" para o concelho é precisamente a adega, que era uma \"fonte de receita económica para praticamente todos os viticultores\". Se for eleito, o candidato do PSD garantiu que a sua equipa fará todos os possíveis para ajudar a \"encontrar uma solução e um futuro viável\" para a cooperativa.

Sobre esta questão, Luís Bastos disse mesmo que Francisco Ribeiro, que é também presidente da assembleia-geral da adega, \"tem um papel muito importante a desempenhar no futuro\" da cooperativa. \"Eu acho que ele (Francisco Ribeiro) deveria ser o presidente da adega de Santa Marta e que a câmara devia continuar a ajudar e fazer os possíveis para que não entre numa situação de insolvência e possa ter um futuro mais risonho\", frisou.

Na opinião do social-democrata, \"aqueles que foram atores e bons atores públicos até agora nesse domínio, podem e devem dar a sua ajuda\". Esta é a maior adega da Região Demarcada do Douro, com 1.800 associados e uma dívida de cerca de 23 milhões de euros.

As instalações e as reservas de vinho do Porto estão hipotecadas aos bancos. A autarquia liderada por Francisco Ribeiro pagou cem mil euros à empresa Deloitte por um estudo de viabilização económica da Caves Santa Marta,



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