Segundo o Eurostat, o Luxemburgo recebeu mais imigrantes que outros países europeus. Tem 45% de população estrangeira que acredita nas oportunidades que o país oferece.
Conforme o relatório da agência de estatística europeia, o Luxemburgo é um país atrativo que oferece melhores empregos e qualidade de vida que outros países membros.
Este resultado levanta a hipótese de o país abrir-se demasiado ao comparar-se as taxas de emigração com a capacidade demográfica.
O estudo revela que mais das 500 milhões de pessoas que circulam, apenas 34 milhões (menos de 7%) contam como migrantes. 14.3 milhões de cidadãos europeus beneficiam do acordo de livre circulação, concluindo-se assim que apenas 20 milhões de pessoas são de países fora da União Europeia (UE).
Países e taxas de residentes estrangeiros
O Grão-Ducado lidera a lista de maior número de residentes estrangeiros, com uma taxa superior a 45%, e seguem-se também países de pequena dimensão. O Chipre ocupa o segundo lugar (19.5%) e a Letónia fecha o pódio (15.2%). Segue-se a Estónia (14.9%), a Áustria (12,5%), a Irlanda ( 11,8%) e a Bélgica (11,3%).
Os países com menor taxa de emigração situam-se mais a leste: Polónia, Roménia, Croácia e Lituânia têm percentagens inferiores a 1%.
A Polónia é o país com maior número de cidadãos a residir nos países membros da EU.
O número de trabalhadores temporários nos países da EU é relativamente pequeno apesar de ter sofrido um aumento de 60% nos últimos sete anos. O número de trabalhadores deslocados pela própria empresa não é significativa e representa menos de 1%, sendo a construção e a indústria, as actividades com maior número de colocados.
Crise humanitária na Síria altera ciclos migratórios
A EU viveu um enorme fluxo de migração entre 2015 e 2016 com a guerra na Síria e no Médio Oriente, que se transformou na primeira grande crise humanitária do século. De acordo com a Organização Internacional para as Migrações (OIM) cerca de 850 mil pessoas atravessaram o Mar Egeu em direcção à Grécia. Metade veio da Síria e a outra metade do Afeganistão e do Iraque.
Depois do acordo entre a Turquia e a EU, as rotas alteraram-se e hoje o mar Mediterrâneo é a principal via para chegar à Europa.
Os líderes europeus acreditam que um total de três milhões de refugiados vão chegar à Europa durante esta crise, o que inicialmente levou ao medo de um aumento da despesa pública. Contudo, actualmente a EU também acredita que esse aumento pode impulsionar o crescimento. "O relatório mostra que o fluxo migratório, se for adequadamente administrado, terá um pequeno impacto favorável no crescimento a curto e médio prazo” conclui o relatório.