Os alunos da Escola Portuguesa de Macau começam hoje as aulas sem problemas de falta de professores. O início do ano lectivo promete ser calmo, mas são muitas as mudanças no horizonte.
Entre as novidades mais aguardadas está a da alteração dos planos curriculares, até agora quase idênticos aos de qualquer escola em Portugal. Para o ano de 2005/2006 está prometida a criação de uma via de ensino em que a língua chinesa (mandarim) passa a ser obrigatória. Os novos planos já foram aprovados pelo Ministério da Educação mas com a queda do Governo \"não chegaram a ser publicados\", explica Maria Simões, vice-presidente da escola.
O novo plano curricular deve espelhar a aposta de que \"os alunos que saem da Escola Portuguesa sejam fluentes em português, inglês e mandarim\", acrescenta. As mudanças devem também passar pela adaptação ao contexto local de algumas disciplinas.
A onda de novidades pode, porém, não passar apenas pelos planos curriculares, mas também pela mudança de instalações. A escola está actualmente no centro da cidade de Macau e no terreno ao lado vai começar a construção do novo edifício do Hotel Lisboa, de Stanley Ho.
Os incómodos que as obras podem vir a causar reacenderam o debate em torno da localização do estabelecimento de ensino. Há alguns meses, Stanley Ho mostrou-se disposto a oferecer um espaço na ilha da Taipa, construir uma nova escola, equipá-la e ainda pagar um montante em dinheiro, em em troca pelo actual terreno da escola.
Decorrem negociações com o Governo português, mas o acordo terá de ser aceite pelo Governo de Macau.
Escola concentra 600 alunos do Básico e do Secundário
A Escola Portuguesa de Macau nasceu um ano antes de a administração do território passar para a China. Até aí, os jovens portugueses estudavam sobretudo no Colégio D. Bosco, no Liceu de Macau e na Escola Comercial Pedro Nolasco. A nova escola, que concentra todos os alunos, começou a funcionar já no ano de 1998/ 1999. Neste novo ano lectivo, vai receber cerca de 600 estudantes dos três ciclos dos ensinos Básico e Secundário.
