Câmara de Macedo de Cavaleiros, preocupada em atrair novos públicos para o concelho, apresentou a “Linha de Água” – Bienal de Arte Contemporânea de Trás-os-Montes na Fundación Rei Afonso Henriques, em Zamora. “Queremos aqui promover um encontro de culturas num fluxo de águas dos rios que atravessam os nossos territórios e unem as artes de Portugal e Espanha, Trás-os-Montes e Castela e Leão", salientou o presidente da Câmara de Macedo de Cavaleiros, Benjamim Rodrigues.

“Pretendemos fazer de Macedo de Cavaleiros a capital da arte contemporânea em Trás-os-Montes, fazer um investimento no território artístico do concelho e da região”, sustentou Benjamim Rodrigues. Numa sessão que contou com a presença de José Luis Prada, secretário-geral da fundação de Castela, o autarca macedense acrescentou que o objetivo se estende “há captação de outros públicos espanhóis, nomeadamente da Galiza e de Castela e Leão, geograficamente mais próximas do território macedense”.

Com direção artística de Inês Falcão e Filipe Rodrigues, a Bienal de Arte Contemporânea de Trás-os-Montes ambiciona, igualmente, “estabelecer uma perspetiva de futuro na internacionalização em práticas colaborativas de investigação artística, em articulação sistemática com outros diretores artísticos e artistas/investigadores com atividade em centros de investigação artísticos, Institutos de Ensino Superior e Universidades”, adianta Inês Falcão.

“É também um veículo para a cultura e uma forma de os macedenses terem acesso a obras de artistas portugueses e estrangeiros, de forma gratuita, e que de outro modo apenas teriam acesso percorrendo centenas de quilómetros”, explica Benjamim Rodrigues. Em parceria com os agrupamentos de escolas da região “vão também ser dinamizados ateliês para crianças e jovens, procurando fomentar nelas o gosto pela Arte Contemporânea”, acrescenta o autarca.

A primeira “Linha de Água” arranca a 29 de junho, feriado municipal, e irá prolongar-se por três meses com exibições de pintura, escultura, cerâmica, fotografia e instalações, que estarão expostas no Centro Cultural, no Museu de Arte Sacra, na nova sede do Geopark Terras de Cavaleiros (na Estação de Macedo de Cavaleiros) e nas sedes e igrejas das juntas de freguesia.

O objetivo, frisa Inês Falcão, “é criar um roteiro artístico e cultural dentro da cidade e nas aldeias, impulsionando a circulação de artistas e visitantes”, considerou. Esta iniciativa contará com 50 a 60 artistas portugueses e estrangeiros, nomeadamente oriundos dos Estados Unidos da América, Holanda, Bélgica, Japão e Espanha, referiu a diretora artística da Bienal macedense.



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