Entre 100 mil a 120 mil portugueses emigraram este ano, de acordo com o jornal i, avançando estimativas do secretário de Estado das Comunidades Portuguesas, José Cesário.
Não existindo dados concretos sobre as saídas de Portugal, sabe-se apenas que estão a aumentar. “Esta é uma tendência dos últimos anos. A onda de emigração dura há quatro, cinco ou seis anos”, afirma o secretário de Estado, acrescentando que o movimento “está a aumentar para países como a Suiça, a França ou o Brasil”.
Não é fácil obter números efectivos sobre a emigração portuguesa, quer porque o registo consular não é obrigatório, quer porque a livre circulação de pessoas no espaço económico europeu veio tornar impossível conhecer em pormenor os movimentos migratórios, explica o periódico.
Dados do departamento de estrangeiros da Secretaria Nacional de Justiça do Ministério da Justiça brasileiro publicados ontem indicam que entre Dezembro de 2010 e Junho deste ano os pedidos de residência permanente por parte de portugueses aumentaram de 276.703 para 328.856.
Por outro lado, no Brasil têm sido emitidos muitos vistos para a realização de trabalhos temporários, estudos e pesquisas.
A procura de oportunidades de trabalho na Europa mais do que duplicou e só no últmio mês aumentou 58%.
Segundo o Instituto do Emprego e Formação Profissional, citado pela Lusa, o portal de mobilidade profissional Eures totalizava 20.686 candidaturas portuguesas no final de Novembro de 2008, número que no final do mês passado atingia os 46.223 candidatos, mais do dobro.
Os novos emigrantes não diferem das chamadas vagas convencionais apenas no que diz respeito ao destino.
A emigração «é cada vez mais qualificada e começa em faixas etárias mais novas e estende-se até idades mais avançadas, entre os 40 e os 50 anos», complementa o artigo do i.