A lexandra Cerveira Lima vai dirigir o Parque Arqueológico do Vale do CÎa durante mais três anos. A comissão de serviço foi-lhe renovada até Outubro de 2010. Durante este período poderá tentar conseguir alguns dos objectivos não alcançados durante o primeiro triénio, mas a grande meta é pÎr a funcionar o Museu do CÎa, com abertura prevista para o último trimestre do próximo ano.

\"O esforço central da próxima fase do Parque está voltada para o museu\", frisa Alexandra Cerveira Lima, pelo que \"é preciso trabalhar a mil por cento\". Um trabalho de colaboração com o Ministério da Cultura e demais entidades que supervisionam a construção de uma estrutura que é considerada \"fulcral\" para o desenvolvimento tão almejado pelas gentes do vale do CÎa.

Um papel preponderante está a ser assumido pelos investigadores do Parque, que tratam de arranjar conteúdos que hão-de fazer parte do acervo do espaço museológico. Neste momento estão a executar uma réplica da rocha nº 1 do sítio arqueológico do Fariseu. O local está quase sempre submerso pela água da albufeira da barragem do Pocinho, mas dada a sua extraordinária importância para a datação da arte do CÎa, o Parque entendeu que as mais de 80 gravuras da rocha devem ser mostradas ao público, através de uma réplica que ficará no futuro museu.

Olhando para trás, a directora do Parque Arqueológico entende que os objectivos de um mandato \"ficam sempre aquém\" do inicialmente estipulado. Porém, está convencida que o objectivo central desta fase - criar laços mais estreitos com a comunidade e com as instituições locais - \"foi conseguido, embora não tanto quanto era desejável\". Daí que seja um esforço para \"continuar a desenvolver\" durante os próximos três anos.

Outro objectivo não conseguido foi o de aumentar o número de visitantes às gravuras rupestres. Mas tentou-se. Para além da visita tradicional, diurna e em jipe, introduziram-se visitas nocturnas e em barco. Estas últimas não duraram muito porque a empresa responsável pela embarcação alegou falta de rentabilidade.

As nocturnas são quase limitadas à fase de Lua Cheia. Com a diminuição do número de guias, não foi possível, com as visitas tradicionais, ir muito mais além dos 14 mil turistas em 2006. Daí que o Museu do CÎa seja visto como o único meio de incrementar o afluxo de pessoas ao vale do CÎa.



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