Luís Filipe Pereira, ministro da Saúde, deslocou-se ontem ao distrito de Bragança, para cortar a fita a dois novos centros de saúde, em Vimioso e Miranda do Douro, equipamentos que substituem os velhos hospitais da Misericórdia.
O Centro de Saúde de Miranda do Douro custou cerca de 1,8 milhões de euros e vai servir 8500 habitantes. O de Vimioso representa um investimento de 1,5 milhões de euros e beneficia 5500 pessoas. São unidades equipadas com serviços de Telemedicina, que permitem, a partir de agora, aos nordestinos aceder a consultas em diversas especialidades sem a necessidade de percorrer centenas de quilómetros até os hospitais centrais.

Em Miranda do Douro, o ministro anunciou ainda a chegada, \"dentro de dois ou três dias\", de uma unidade móvel, \"que vai permitir levar serviços de saúde até às aldeias e às populações mais dispersas\".

Os novos centros não possuem internamento, uma valência que o ministério pretende assegurar com a implementação de uma rede de Unidades de Cuidados Continuado, em parceria com instituições de solidariedade, nomeadamente com as Misericórdias. Naqueles dois concelhos, a Santa Casa já manifestou o desejo de criar essas camas de retaguarda, mas os projectos ainda não estão em execução, o que significa que, até lá, todos os utentes que necessitem de internamento têm de ser canalizados para o Hospital de Bragança, cujos serviços de Medicina Interna correm risco de ruptura.

Há uma semana, o presidente do conselho de administração daquele hospital confirmava a sobrelotação do serviço, referindo que o problema deriva do encerramento dos internamentos nos centros de saúde. Luís Filipe Pereira insiste que não pode ser tudo feito ao mesmo tempo.



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«Se for necessário, o serviço será alargado»

Avultados os prejuízos