Mais velhos e a morrer mais. Em 2005, os nascimentos foram pouco mais do que as mortes e o fluxo de imigrantes diminuiu. Perante este cenário, a conclusão é óbvia: a população portuguesa está a estagnar, a envelhecer e com falta de activos para suportar os custos do envelhecimento.
O Instituto Nacional de Estatística estima que existam 10 569 592 de pessoas a residir em Portugal, mais 40 337 do que em 2004, um crescimento ligeiro e com tendência para ser cada vez menor. No futuro, prevê-se uma diminuição dos residentes no País, situação que já acontece nas regiões do Tâmega, do Douro e do Baixo Mondego.
No total, nasceram mais 137 crianças em 2005, o que não compensou o acréscimo de 5 532 mortes. O saldo natural (diferença entre os nados-vivos, 109 399, e os óbitos, 107 462) passou de 7186 (2004) para 1937 (2005), decréscimo que foi compensado com o número de estrangeiros que escolheram Portugal para viver. Mas são cada vez menos os imigrantes. A diferença entre os que saiam e os que entram no País passou de um número a rondar os 70 mil em 2002 para 38 400 no último ano. Registe-se que entre 1992 e 2005 houve um crescimento notório da população residente em Portugal, sobretudo nos finais dos anos 90, o que deixou de acontecer a partir de 2002.
Os jovens, entre os 0 e 14 anos, constituem 15,6% dos habitantes, enquanto que os idosos - 65 anos e mais de idade - representam 17,1% (15,8% em 2004). Em Dezembro de 2005 havia 110 idosos para cada 100 jovens, mais um do que no ano anterior. A longevidade feminina é maior do que a masculina - 81,4 anos contra 74,9 -, o que faz com que a situação deste sexo seja mais preocupante, até porque, em geral, auferem as remunerações - leia-se \\"reformas\\" - mais baixas.
O Alentejo é a região mais envelhecida, 171 pessoas com 65 anos e mais por cada 100 jovens, seguindo-se o Centro do país (140 idosos) e o Algarve (126 velhos). No lado oposto estão os Açores (63 idosos), e a Madeira, com 72 idosos por cada 100 jovens.