Os trabalhos de desmatelamento e remoção de destroços da antiga unidade industrial Milnorte, localizada junto à barragem de Bagaúste, no Peso da Régua, deverão estar concluídos até final deste ano.
No lugar da velha fábrica, que se dedicava da produção de silício, poderá nascer uma unidade turística de grande qualidade. Esta possibilidade já está prevista no novo Plano de Pormenor Municipal para aquele local, cujo perímetro foi alargado.
Depois da demolição de algumas estruturas circundantes da fábrica, já começou a operação de desmantelamento dos \"fornos eléctricos \" . Esta forma de retirar do local a velha estrutura, sobrepÎs-se a outras onde se inseria a implosão da mesma.
Desaparece, assim, das margens do rio Douro, o que é considerado um dos \"mamarrachos\" mais agressivos da paisagem duriense e que levou, durante anos a fio, associações ambientalistas e instituições ligadas ao turismo a reclamar a sua demolição.
A Câmara de Peso da Régua licenciou a operação de desmantelamento e para o seu presidente, Nuno Gonçalves, \" tratou-se também de uma vontade da autarquia para que a velha estrutura desaparecesse do local\".
Espaço mais apetecível
No entanto, e segundo o autarca, a intervenção em curso, da responsabilidade dos donos da fábrica e dos terrenos onde se situa, tem a ver com a implementação do novo plano de pormenor.
O espaço reduzido onde estava a Milnorte fica agora com maior área e integrado no mesmo e destinado a acolher uma unidade turística.
\"Ou seja, agora aquele espaço será apetecivel para investidores\" acrescentou o presidente da Autarquia do Peso da Régua.
De referir que a área afecta à estrutura era pequena e o novo plano irá aumentar a sua área até dez hectares. E segundo o edil, já «há empresários interessados em investir nomeadamente os proprietários do local».
Neste momento, a velha fábrica, cuja actividade começou nos anos 70 e terminou no inicio de 80, pertence a uma família residente em Amarante e foi adquirida em leilão há mais de dez anos, após falência da empresa proprietária.