Os autarcas do distrito de Bragança reuniram-se, ontem, em Mogadouro, para elaborar um documento conjunto que será entregue ao Governo. Pretendem dar conta das prioridades do Plano Rodoviário 2000, que passam pela que consideram «urgente» construção do IP2 do IC5, este tido como ligação prioritária ao IP4 pelos concelhos do sul do distrito.

Segundo Morais Machado, autarca anfitrião, \"o IP2 e o IC5 são considerados eixos viários de vital importância para o desenvolvimento da região\", unanimemente tidos como \"a prioridade das prioridades\". Por isso, os autarcas não vão abdicar da pretensão.

Entretanto, 12 autarcas apoiam a decisão de alargamento do troço do IP4 entre entre Vila Real e Quintanilha (Bragança), recentemente anunciada pelo Governo, mas sem hipotecar o futuro viário dos concelhos do sul do distrito, já que o IC5 vai tirar trânsito ao IP4.

O autarca de Mogadouro, eleito pelo PSD, mostrou algumas reservas sobre as intenções do Governo, uma vez que a região está farta de promessas em matéria de acessibilidades. Para já, os presidentes de Câmara demonstram unanimidade em relação do traçado do IC5, tendo em conta que, recentemente, foram gastos 35 milhões de euros na ponte Sardão, que une as margens do rio Sabor e que é considerada como um ponto vital para a passagem daquele itinerário.

Manta de retalhos

O IC5 vai nascer junto ao IP4, perto de Alijó, em direcção a Miranda do Douro, servindo os concelhos de Carrazeda de Ansiães, Vila Flor, Alfândega da Fé, Freixo de Espada à Cinta Mogadouro e Vimioso. Quanto ao IP2, que liga Macedo de Cavaleiros a Castelo Branco (prolongando-se para sul), tem poucos quilómetros construídos dentro das regiões transmontana e beirã. Os autarcas classificam-no como \"uma manta de retalhos\".

\"Chega de passividade em matéria de acessibilidades na região\", afirma Morais Machado, acrescentando que \"outras formas de luta podem vir a ser encetadas para reivindicar melhores eixos viários para a região nordeste de Portugal\".



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