O PSD escolheu o gestor e vereador na oposição Mário Sousa Pinto para encabeçar a candidatura à Câmara de Mesão Frio e lutar contra a “lamentável estagnação e retrocesso” deste concelho duriense, foi hoje anunciado.
“Não há obra, nem competência. O paradigma desta governação municipal tem sido anúncios e intenções não concretizadas que redundam, em verdade, numa lamentável estagnação e retrocesso do concelho”, afirmou hoje o vereador eleito em 2021 pelo movimento independente Mais Mesão Frio, referindo-se aos últimos três anos de governação socialista.
Esta é a terceira vez que o gestor e consultor de empresas de 58 anos encabeça uma candidatura à Câmara de Mesão Frio. Em 2017 foi candidato pelo Bloco de Esquerda, em 2021 pelo Movimento Mais Mesão Frio e, em 2025, avança pelo PSD.
Mário Sousa Pinto foi militante do Partido Socialista de 1993 a 2015, tendo sido presidente da comissão política concelhia socialista (2002 a 2012), vereador da Câmara de Mesão Frio no mandato de 2005-2009 e vereador e vice-presidente no mandato de 2009-2013.
Em 2021, o PS ganhou as eleições no concelho com 1.258 votos (48,63%) e obteve três mandatos, em segundo lugar ficou o Movimento Mais Mesão Frio com 842 votos (32,55%) e dois mandatos e o PSD/CDS-PP ficou em terceiro lugar com 366 votos (14,15%).
Mário Sousa Pinto disse que aceitou ser agora candidato pelo PSD, “porque a mudança que Mesão Frio necessita só será possível com esta coligação de objetivos comuns, que permitirá a convergência numa lista unitária de vontades, ideias e projetos que não foi possível concretizar em 2021, mas que é agora uma realidade forte e determinada que assegura uma alternativa de governação para o concelho”.
Esta é, referiu, uma “espécie de coligação informal” entre o movimento e o PSD que em conjunto, nas últimas autárquicas, tiveram menos 50 votos que o partido vencedor.
Para Mário Sousa Pinto, “o mandato prestes a terminar evidência um avolumar de erros em áreas determinantes, na economia, na habitação, no ordenamento do território e uma preocupante e confrangedora falta de capacidade na gestão da autarquia”.
Para este que é o concelho mais pequeno do distrito de Vila Real, o candidato disse que é “preciso atrair pessoas, investimento, criar uma dinâmica diferente” para desenvolver o município, onde ainda “há muita coisa por fazer”.
O candidato realçou como dificuldade a falta de oferta habitacional no concelho, referindo que há pessoas que nasceram e até trabalham em Mesão Frio, mas que têm que ir comprar casa nos municípios vizinhos e que a estratégia local de habitação, proposta pelo atual executivo, “não vai dar resposta às necessidades”.
Destacou ainda a “falta de dinâmica e de investimentos que permitam criar empregabilidade”, referindo que o maior empregador do concelho é a câmara municipal.
“Demonstrámos na oposição que há caminhos diferentes em traçados que podem ser percorridos por todos, sem deixar ninguém para trás. É fundamental que Mesão Frio seja capaz de promover políticas públicas que permitam atrair pessoas e concretizem investimentos determinantes para assegurar uma dinâmica de progresso e a sustentabilidade e desenvolvimento do concelho”, frisou.
O atual presidente da Câmara de Mesão Frio, Paulo Silva (PS) já anunciou a sua recandidatura a um segundo mandato nas autárquicas de 2025, que se deverão realizar entre 22 setembro e 14 de outubro.