Clima de medo e insegurança no norte do país com a A4 e o IP4 na mira do reforço policial depois do alegado homicida ter despistado uma vez mais as autoridades numa aldeia no concelho de Vila Real.
A caça ao homem mais procurado do país prossegue numa operação conjunta das várias forças de segurança que está no terreno desde o dia 11 de outubro. As buscas centram-se, agora, no distrito de Vila Real, com equipas da GNR espalhadas, inclusive, pela Autoestrada Transmontana e pelo IP4.
O reforço policial é bastante óbvio com postos de controlo em várias entradas e saídas de localidades, cruzamentos e operações STOP em que carros são mandados parar e suas malas revistadas. As diferentes forças policiais, PSP, GNR e PJ, encontram-se localizadas em vários pontos nevrálgicos com o intuito de descobrir o paradeiro do fugitivo que, agora, se desloca ao volante de uma carrinha branca Opel Astra, matrícula 98 – 57 – EA. Inclusivamente, a GNR veio pedir nas redes sociais que os portugueses não partilhem a localização das suas operações nas páginas para o efeito, pois podem estar a ajudar o homicida a ludibriar a ação da guarda.
Acossado pelas autoridades, ontem, ao final da tarde, o homem de 44 anos terá escapado por pouco a uma perseguição levada a cabo pela GNR numa rua na aldeia de Constantim, no concelho de Vila Real, quando um cidadão, “inadvertidamente”, lhe terá cedido passagem, bloqueando depois a GNR e permitindo ao foragido escapar mais uma vez.
Ainda ontem, depois de almoço, o alegado homicida esteve escondido em Arouca numa casa desabitada, de onde fugiu após ter sido surpreendido pela filha da proprietária. Pedro Dias acabaria por prender a mulher, que ainda conseguiu gritar por ajuda, e manietar um homem da casa ao lado que foi em seu socorro. Depois, furtou a carrinha Opel Astra branca do indivíduo que foi prestar auxílio à mulher sequestrada.
O médico de família do suposto assassino de Aguiar da Beira insurge-se em sua defesa, pedindo ao seu paciente que se entregue na tentativa de evitar males maiores e antes que seja tarde, até porque a GNR tem ordens para atirar a matar.
Recorde-se que, na madrugada da última terça-feira, o homem conhecido como “piloto” terá assassinado um militar da GNR e disparado contra um casal, matando o homem e ferindo com a mulher que continua internada no hospital em estado grave. Entretanto, o seu colega, também ele ferido, já se encontra em casa, onde está em recuperação, depois de ter tido alta médica. Um terceiro militar foi também atingido, mas sem gravidade, numa outra troca de tiros em Candal,
A GNR pede, também, para que as pessoas se mantenham alerta e que, no caso de existir alguma suspeita ou no caso de verem a carrinha branca Opel Astra, matrícula 98 – 57 – EA, para contatarem rapidamente o número nacional de emergência, o 112.
Fotografia: site do jornal "O Jogo"