Só falta concluir o Centro de Monitorização Ambiental e alguns arranjos da segunda fase do Corredor Verde do Fervença para encerrar o programa Polis em Bragança. As intervenções arrancaram em Fevereiro de 2001 e conheceram novos desenvolvimentos com a inauguração do parque de estacionamento e parque de merendas junto ao Castelo de Bragança, duas obras associadas à segunda fase do Corredor Verde do Fervença.
Até à data já foram investidos 26 milhões de euros para devolver o rio Fervença à cidade, criar mais zonas pedonais, mais parques de estacionamento e valorizar o património histórico e arqueológico de Bragança.
Para terminar os trabalhos, a sociedade BragançaPolis terá de investir mais 1,14 milhões de euros, que serão financiados pelo Ministério das Cidades, Ordenamento do Território e Desenvolvimento Regional.
Metade destina-se ao Centro de Monitorização Ambiental, um espaço dirigido à divulgação dos valores ambientais, onde funcionará, também, o Centro de Ciência Viva de Bragança, que já tem verba assegurada pelo ministério da Ciência.
O Centro de Interpretação e Monitorização Ambiental vai nascer na antiga central hidroeléctrica de Bragança, na margem esquerda do rio Fervença. Trata-se de um local em avançado estado de degradação que ligará a cidade às diversas fases do Polis.
Outro dos equipamentos previstos ao longo das margens do rio é uma pequena unidade museológica ligada à indústria das sedas em Trás-os-Montes, que vai nascer numa moinho já recuperado para esse efeito.
Menos carros na zona histórica
Para reduzir a entrada de veículos na zona do Castelo, a sociedade BragançaPolis avançou com a construção de um parque de estacionamento com 100 lugares, ao qual se encontra associado um parque de merendas. São estes dois equipamentos que dão continuidade à segunda fase do Corredor Verde do Fervença, pois dão acesso à encosta nascente do Castelo.
Desde que o Polis arrancou, a zona envolvente ao rio tem sofrido diversas alterações, por via da construção de uma passadiço ao longo da margem esquerda, recuperação de açudes, moinhos, fontes, construção de pontes pedonais e plantação de árvores e arbustos.
Esta são, apenas, as intervenções que mudaram a face do Fervença, pois o programa Polis contemplou, também, a reabilitação do centro histórico e a construção de um parque de estacionamento subterrâneo na Praça Camões.
Além disso, o projecto incidiu na criação de um sistema de iluminação, da autoria de uma especialista espanhol, que permite projectar na torre de menagem e muralhas do Castelo de Bragança diferentes tipos de espectáculos cénicos.
Contas feitas, o Polis Bragança incidiu numa área de 45 hectares e traduziu-se na criação de 3.600 metros de novas áreas destinadas aos peões e de 332 lugares de estacionamento. Segundo dados da Câmara Municipal de Bragança, a frente do rio Fervença acessível ao público passou de 150 para 2.600 metros, ao passo que foram plantadas 2.500 árvores e 12.500 arbustos.