Requalificação integral do edifício de dois pisos transformou-o num elemento arquitetónico contemporâneo que quer ser símbolo da revitalização urbana de Macedo de Cavaleiros.

Depois de um investimento a rondar os dois milhões de euros, reabriu o Mercado Municipal de Macedo de Cavaleiros, que além de voltar a acolher as valências comerciais como habituou os munícipes ao longo de décadas, abre-se a novas dinâmicas e funcionalidades.

A autarquia macedense quis transformar aquele que é agora um elemento arquitetónico contemporâneo num símbolo da revitalização urbana da cidade, articulando-se com os demais, graças à centralidade que exibe (é adjacente ao Jardim 1.º de Maio, muito próximo das instalações da Câmara e das piscinas municipais e na charneira de acessos ao novo centro escolar e à zona da Estação Ferroviária).

De cara e alma renovadas, o equipamento inaugura oficialmente no próximo dia 28, pelas 17h00, mas já recebeu uma emanação cultural da Linha de Água – Bienal de Artes Contemporânea de Trás-os-Montes, o que atesta a polivalência da estrutura para “receber um conjunto diversificado de eventos ao longo do ano, capazes de promover a fruição do espaço pela população e o envolvimento de toda a comunidade na programação paralela que está a ser desenhada”, segundo revela o presidente do município, Benjamim Rodrigues.

A planta circular do Mercado Municipal surge coroada por uma fachada “falsa” impactante - constituída por chapas de metal perfuradas (com um design orgânico) -, num enquadramento totalmente desimpedido a 360 graus de qualquer barreira arquitetónica e visual. Para além deste elemento, parte da cobertura aparece bordejada a toda a volta por um tapete ajardinado por sedum floral e outras plantas perenes, com um efeito estético marcante.

As linhas exteriores e interiores do Mercado Municipal de Macedo de Cavaleiros são modernas e depuradas a branco, e desenvolvem-se por dois pisos. O rés-do-chão distribui-se por várias zonas comuns, entre elas lojas comerciais, zonas de estar, restaurante e instalações sanitárias. O piso 1 alberga um auditório (com capacidade para cerca de 80 pessoas), áreas técnicas, gabinetes de trabalho e outra série de casas de banho.

O núcleo do empreendimento, por sua vez, afirma-se através de uma grande caixa de luz, que, além de providenciar ventilação natural e promover uma relação visual entre os dois pisos, faculta um espaço que pode assumir uma função de convívio. Mas com grande polivalência (daí aparecer desprovida de elementos fixos), ao ponto de poder ser transformada quer em zonas de estar quer em pequenas áreas de prolongamento dos espaços comerciais, ou, ainda, “para receber pequenas feiras e mercados de produtos locais e eventos diversos, relacionados com a cultura, com o turismo ou com a cidade”, como frisa Benjamim Rodrigues.

As redes de água, saneamento, eletricidade e de segurança contra incêndio, bem como todos os sistemas de comunicações e de estrutura de informática são totalmente novos. E o imóvel foi também equipado de eficientes dispositivos de aquecimento, ventilação e ar condicionado, além de estar acessível a pessoas com mobilidade condicionada, sendo dotado de tecnologia de elevação.

“Ao longo dos últimos anos, o município de Macedo de Cavaleiros tem vindo a percorrer um ciclo de mudança e transformação também no patamar da reabilitação urbana. O ‘novo’ Mercado é mais uma peça desse puzzle que estamos a completar”, recorda Benjamim Rodrigues, vendo na nova estrutura “potencial para impulsionar a economia local” e um elemento que vem “estruturar o território e fomentar a articulação funcional entre diferentes zonas da cidade”, contribuindo para uma maior conetividade e coesão do espaço urbano. A obra funcionará, assim, acrescenta o presidente da autarquia, como uma unidade “de ligação de dinâmicas urbanas importantes, que procuraremos reforçar”.



PARTILHAR:

Investigadores e ‘chefs’ estudam uso de água termal do Alto Tâmega na culinária

Aprovado plano de gestão da ZEC Montesinho/Nogueira para a próxima década