A Câmara de Mesão Frio anunciou hoje que vai disponibilizar ‘tablets’ com teclado e Internet a 60 alunos do concelho sem acesso a estas ferramentas, para que possam acompanhar o ensino à distância no terceiro período escolar.
O presidente da autarquia, Alberto Pereira, disse à agência Lusa que foi alertado pela direção do Agrupamento de Escolas Professor António da Natividade para a dificuldade de implementar o ensino à distância porque 60 alunos, do 1.º ao 9.º de escolaridade, não tinham as ferramentas disponíveis.
Por causa da covid-19, o terceiro período para os alunos do 1.º ao 10.º ano vai decorrer em regime de ensino à distância e com o recurso à telescola, que começa a ser emitida na RTP Memória a partir de segunda-feira.
“Vamos adquirir 60 ‘tablets’ com teclado e vamos fazer um contrato com uma empresa de telecomunicações, a um preço bastante assertivo, de forma a que esses alunos não fiquem para trás e tenham Internet em casa e uma ferramenta de trabalho”, afirmou o presidente.
As maiores dificuldades no acesso à Internet são sentidas pelos estudantes das aldeias mais distantes e isoladas. Em alguns casos são famílias com dificuldades económicas.
Este é, segundo Alberto Pereira, um reforço do apoio que o município já está a dar aos alunos do concelho.
O autarca disse ainda que os colegas do executivo aprovaram por unanimidade a medida.
No Agrupamento de Escolas Professor António da Natividade estudam cerca de 800 alunos.
Alberto Pereira referiu que o concelho não regista, até hoje, casos positivos de covid-19 e salientou que o município está a implementar um conjunto de medidas para enfrentar a pandemia.
O autarca já tinha disponibilizado o carro da presidência para o transporte de doentes oncológicos para as unidades hospitalares e, agora, também está a ser usado para fazer a entrega de medicamentos ao domicílio que vai buscar ao Centro Hospitalar de Trás-os-Montes e Alto Douro (CHTMAD).
“Já há um mês que deixei de andar no carro”, apontou.
Para as famílias mais carenciadas e outras que perderam rendimentos nesta fase de pandemia foram entregues cerca de “50 cabazes” com bens alimentares.
Para evitar que os mais idosos e fragilizados saiam de casa, os presidentes das juntas de freguesia organizam a entrega de bens de primeira necessidade nas respetivas casas.
Neste concelho do distrito de Vila Real a principal atividade económica está ligada à vitivinicultura, onde o trabalho se mantém, embora com alguns constrangimentos.
Alberto Pereira referiu que o maior impacto da pandemia se está a sentir no comércio local no centro da vila.
O autarca referiu que, para ajudar, o município isentou o pagamento de renda nos meses de abril e de maio, para os arrendatários do mercado municipal.
Acrescentou que os inquilinos do bairro social também estão, neste período, isentos de pagar a renda.