O Governo vai assinar esta terça-feira vários contratos para a exploração de minas de ouro, volfrâmio e estanho. O ministério da Economia decidiu avançar com a prospeção, pesquisa e exploração dos recursos minerais por parte de empresas privadas.

Um dos contratos diz respeito à mina de ouro de Jales, no distrito de Vila Real, onde chegaram a trabalhar 800 pessoas e que fechou há 20 anos, obrigando muitos portugueses a emigrar. Com a possibilidade do complexo mineiro voltar a funcionar, a expectativa e a ansiedade dos antigos mineiros cresceu e até há quem diga que esta reabertura poderá dar nova vida a aldeias de Vila Pouca de Aguiar.

Maria e Laurindo, que vivem no antigo bairro mineiro, viram os filhos emigrar quando começou a escassear trabalho, e manifestam agora a esperança de que as minas voltem a ganhar vida. «Era muito bom que reabrisse qualquer coisa. Aqui não há trabalho e com a mina era capaz de haver qualquer coisa», diz Laurindo à TVI.

A esperança estende-se aos comerciantes da zona, onde resta apenas um mini-mercado e alguns cafés.

Além das minas de Jales, que serão exploradas por um consórcio luso-canadiano, num investimento que pode ir até 66 milhões de euros, e têm previsto criar 100 postos de trabalho diretos e 250 indiretos, há também contratos em cima da mesa para as minas de Volfrâmio e estanho de Borralha, em Vila Real, e Bejanca, no distrito de Viseu. O ministro da Economia, Álvaro Santos Pereira, definiu este setor como «prioritário».



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