As minas de Jales, em Vila Pouca de Aguiar, vão ser alvo de um projecto de requalificação ambiental. Trata-se de um dos maiores pontos de poluição do ambiente de Trás-os-Montes, cujos efeitos nocivos nas populações e na fauna, flora e recursos hídricos são conhecidos.

Assim, para as antigas minas de ouro de Jales, foi lançado o concurso público para o tratamento dos efluentes derivados das escombreiras.

A intervenção, que deverá estar concluída este ano, passa pelo controlo e monitorização de efluentes saídos das escombreiras, bem como a construção de bacias em betão armado para a recepção dos mesmos, afim de serem tratados.

A finalidade destes autênticos depósitos destina-se a evitar a dispersão dos corrimentos das escombreiras. As obras terão uma duração de 90 dias, depois da respectiva consignação das obras.

Para o presidente da Câmara Municipal de Vila Pouca de Aguiar, Domingos Dias, o lançamento desta obra \"é uma medida de grande alcance ambiental, e que há muito se impunha\".

\"Apesar da intervenção já executada, os resíduos líquidos da escombreira continuam a conspurcar terrenos, ribeiros e rios. O Tinhela tem sido o mais atingido. Até no rio Douro já foi detectada poluição oriunda das minas de Jales\", sublinhou.

A instituição promotora da recuperação é a Empresa de Desenvolvimento Mineiro (EDM), situada em Lisboa.

Refira-se que o primeiro projecto de reabilitação das minas de Jales foi apresentado em Vila Pouca de Aguiar pelo então ministro do Ambiente, José Sócrates, e Mário Cristina de Sousa, em Fevereiro de 2001, e contemplou, na altura, a estabilização geotécnica das escombreiras e a sua recuperação paisagística. Até agora, foi feito o reperfilamento da escombreira, a sua selagem e a reorientação natural da zona envolvente.



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