A ministra da Agricultura anunciou hoje que “em breve” vai ser apresentado um plano estratégico para o Douro, que abrange a produção ao comércio e que possa garantir "um preço justo" ao produtor de uva.

“Há vários grupos de trabalho que estão criados no conselho interprofissional, que está muitíssimo empenhado em trabalhar desde a produção ao comércio de maneira a não deixar ninguém para trás e que o preço ao produtor de uva seja um preço justo e que esse mesmo preço depois se reflita no produto final e no produto que vai ser vendido”, afirmou Maria do Céu Antunes.

O conselho interprofissional do Instituto dos Vinhos do Douro e Porto (IVDP) é um órgão de gestão da região e inclui representantes da produção e do comércio.

A ministra da Agricultura e da Alimentação explicou que o interprofissional está a estudar formas de, “em breve”, se apresentar um plano estratégico que “possa resolver os problemas que esta região enfrenta” e que incidirá em três dimensões: a social, económica e ambiental.

A ministra apontou a necessidade da “renovação geracional”, considerando que “é absolutamente determinante” a dimensão da propriedade, que já o Douro é uma região de minifúndio, e a mecanização, que disse também ser importante para garantir a viabilidade do setor.

“Temos os problemas das alterações climáticas, onde o uso eficiente da água, o menor uso de fertilizantes e de pesticidas, a escolha das melhores variedades e mais bem adaptadas às nossas condições de clima, do solo, humidade é absolutamente fundamental. E é todo este trabalho, nestas três dimensões, a dimensão económica, ambiental e social, que está a ser trabalhado no seio do interprofissional para podermos garantir a sustentabilidade desta região e deste setor”, sublinhou.

A ministra concluiu hoje, no Peso da Régua, distrito de Vila Real, um roteiro de dois dias dedicados à Região Demarcada do Douro, em que aproveitou para enaltecer os bons resultados obtidos nas exportações e para ouvir as inquietações do setor, nomeadamente o receio de se verificar um abandono da atividade.

Segundo Maria do Céu Antunes, dos cerca de 940 milhões de euros de exportações atingidos em 2022 no setor dos vinhos, mais de 600 milhões de euros dizem respeito aos vinhos do Douro e Porto.

O Douro este ano é a Cidade Europeia do Vinho e, para a governante, esta “é mais uma oportunidade” para mostrar os seus produtos e para valorizar aquilo que os durienses fazem.

A expectativa é que, esta designação, ajude “a dar dimensão maior ainda à marca Douro e Porto” e seja também um “motivo para atrair para este território visitantes”.



PARTILHAR:

PCP diz que trabalhadores do lixo continuam precários no Nordeste Transmontano

Barragem de Gouvães atinge cota máxima de 885 metros