A ministra da Cultura, Isabel Pires de Lima, agendou para o primeiro dia de Julho uma reunião, na Régua, com todos os organismos que pretendem constituir a Fundação Museu do Douro, para acertar pormenores sobre o processo.
O anúncio foi feito pelo presidente da Associação dos Amigos do Museu do Douro, Amadeu Castro, que diz depositar \"grandes expectativas\" no encontro, acreditando que este será o \"passo definitivo\" para a criação da Fundação.
O dirigente também espera que desta reunião possa sair, já, uma data para a concretização daquele objectivo, assim como os estatutos pelos quais se há-de reger a instituição.
Amadeu Castro reconhece que os contratempos têm sido muitos durante o processo de criação do Museu do Douro, mas garante que todos os subscritores iniciais ainda não perderam a paciência. \"Os 48 sócios fundadores manifestaram a vontade de continuar empenhados no processo\", notou.
O Museu do Douro foi criado pela Lei n.º 125/97, mas uma série de contratempos arrastaram o processo contra a vontade de toda uma região que vê no projecto um dos motores de desenvolvimento turístico.
Não será um espaço limitado por quatro paredes, mas antes um museu de território que se estende por 21 municípios da Região Demarcada do Douro e que pretende preservar e divulgar os bens patrimoniais relacionados, principalmente, com a produção de Vinho do Porto.
O Museu pretende, igualmente, catalogar arquivos que têm a ver com a região, como é o caso do património pertencente ao Instituto do Vinho do Porto e que agora pode ser objecto de investigação por parte de estudiosos. Outro objectivo é mostrar no estrangeiro a riqueza cultural da região duriense.
A futura Fundação do Museu do Douro também vai ter entre mãos a criação de uma rede polinuclear, que ficará espalhada por todos os municípios abrangidos pelo projecto.