O município de Miranda do Douro celebrou hoje o Dia da Cidade com a inauguração de obras no valor de cerca de um milhão de euros e o reconhecimento a personalidades que contribuíram para a afirmação deste concelho.

“Das obras em destaque fica a requalificação da Escola EB 1, a ampliação do cemitério municipal e passeio pedonal e miradouro das arribas do rio Douro, sendo que duas destas obras contaram com financiamento e com a satisfação de colocar estes equipamentos ao dispor da população”, explicou à Lusa a presidente da Câmara de Miranda do Douro, Helena Barril.

Durante o dia, o município, no distrito de Bragança, procedeu à entrega da Chave de Cidade ao ex-líder do PSD Rui Rio, à coordenadora do Bloco de Esquerda, Mariana Mortágua, e ao ex-secretário de Estado dos Assuntos Fiscais Nuno Santos Félix, “devido ao envolvimento destes três políticos na luta das Terras de Miranda pela cobrança dos impostos relativos à concessão das seis barragens transmontanas por parte da EDP à elétrica francesa Engie”.

A nível local, a autarquia agraciou quatro personalidades locais com ligações à cultura e a economia de Miranda do Douro: Manuel Ferreira (pintor), Adelaide Monteiro (escritora de língua mirandesa), Celina Pinto (diretora do Museu da Terra de Miranda) e o empresário espanhol David Velasco, ligado ao setor dos cruzeiros ambientais no Douro Internacional.

Outros dos momentos da celebração foi a submissão oficial da candidatura ao Registo Nacional do Património Cultural Imaterial dos rituais ancestrais com máscara do Solstício de inverno.

Foi ainda apresentado o último álbum em língua mirandesa das aventuras de Astérix e Obélix, com o título em mirandês de “La Spadanha Branca”, tradução de “O Lírio Branco”, da autoria de Carlos Ferreira e Thibaut Ferreira.

“Estes dias são importantes porque estamos a comemorar os 479 anos da elevação de Miranda do Douro à categoria de cidade e a cultura mirandesa”, vincou a autarca social-democrata.

As cerimónias foram presididas pelo secretário de Estado da Administração Local e do território, Hernâni Dias, que deixou um louvor aos mirandeses por manter vivo o seu património cultural e a sua resiliência em prol das suas gentes na luta pela justiça fiscal, através da recuperação dos impostos a que tem direito, sobre a concessão das barragens.

Em 10 de Julho de 1545, D. João III eleva Miranda do Douro à categoria de cidade, passando a ser a primeira diocese de Trás-os-Montes (por bula do Papa Paulo III de 22 de maio de 1545).





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