O presidente da câmara de Miranda do Douro reclamou hoje uma "intervenção urgente", na estabilização dos taludes da Estrada Nacional (EN218), que liga a cidade transmontana à fronteira com Espanha, devido ao perigo "iminente" de derrocada.
"Há muitas promessas de intervenção nos taludes sobranceiros à via. O estudo para a realização da obra deveria ter sido apresentado até setembro de 2015 e até há data não dispomos de qualquer informação sobre a matéria", disse hoje à Lusa, Artur Nunes.

Segundo o autarca, a limpeza da via e a retirada das pedras que se soltam da encosta, devido às chuvas dos últimos dias, têm sido feita com meios da autarquia.

"O que mais me preocupa é um dia acordarmos com um desastre de grande dimensão porque se trata de uma estrada com um volume de tráfego considerável e de um momento para o outro a derrocada pode causar estragos e danos irreparáveis", frisou.

Os responsáveis autárquicos garantem que há cerca de seis anos que estão a alertar para os perigos escondidos nas encostas do troço da EN218, que liga Miranda do Douro à fronteira com Espanha.

"Esperávamos que as obras de consolidação já estivessem a decorrer, para que quando chegássemos ao período de verão a situação estivesse resolvida e não houvesse constrangimentos de circulação de turistas e mercadorias", indicou.

De recordar que em meados de novembro de 2014 foi registada uma violenta queda de pedras, que deixou uma parte da via intransitável, tendo sido escoado o trânsito por um terreno particular em terra batida, durante um longo período de tempo.

"Neste inverno, já se registaram cortes temporários naquele troço da EN218 para a retirada de pedras e limpeza da via", assegurou o autarca.

Nessa altura, situação foi relatada ao antigo Instituto de Estradas de Portugal, através da proteção civil municipal de Miranda do Douro.

Contactada pela Lusa, a empresa Infraestruturas de Portugal informa que o projeto de execução e de expropriações da obra estabilização dos taludes da EN218 encontra-se atualmente em fase de conclusão e prevê-se a intervenção ao longo de 2,1 quilómetros entre Miranda do Douro e a fronteira.

Contudo, não foi adiantada uma data para o início da obra, que terá um custo previsto de três milhões de euros.
Lusa



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